Introdução: Ao longo do tempo, a violência contra a mulher ganhou diferentes nomenclaturas e conotações. Podendo ser referida em três pilares: dominação masculina, dominação patriarcal e as relações entre dominadores e dominadas. No último relatório do Painel de Violência Contra as Mulheres, traz que mais de 200 mil Boletins de Ocorrência foram realizados pelas vítimas de violência em 2016 no Brasil e 185.308 mulheres deram entrada nos serviços de saúde. Frente a isso, conhecer quais são as representações dos acadêmicos dos cursos do campus CEDETEG sobre a violência sofrida pelas mulheres, poderá fornecer subsídios para a elaboração e implantação de estratégias educativas que poderão contribuir para o enfrentamento e prevenção da violência contra as mulheres. Objetivo: Apreender as representações sociais da violência contra as mulheres na perspectiva de acadêmicos de um campus universitário. Métodos: Trata–se de uma pesquisa qualitativa alicerçada na Teoria das Representações Sociais, realizada no Campus Universitário CEDETEG da Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO, no município de Guarapuava, PR, com 171 acadêmicos do sexo masculino, matriculados na instituição. A primeira etapa, a aplicação de um instrumento voltado à associação livre de palavras perante as frases “Violência contra as mulheres”. Na análise dos dados, utilizou-se o software Evoc 2000. Para a segunda etapa desta pesquisa, utilizou se de entrevista, com questões abertas acerca do conhecimento sobre o tema. Os dados foram tratados pelo software, Iramuteq. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê em Ética e Pesquisa da UNICENTRO. Resultados e discussões: As evocações agressão, assédio, covardia, crime, errado, estupro, machismo, raiva, tristeza e violência física, evidencia que os acadêmicos compreendem a violência além da agressão física, como questões morais, sexuais e sentimentais. A palavra “mulher” e “geralmente”, destaque nas entrevistas, estão associadas pois as situações se repetem, mudando as personagens de cada violência. [...] “geralmente as mulheres fisicamente, às vezes, as mulheres são mais frágeis, os homens geralmente ficam mais agressivos devido a bebida, acabam prejudicando as mulheres que geralmente são as inocentes”(Ent. 01). Conclusão: Assim tem se em mente a relação da violência justificada pelo gênero, assim como os homicídios decorrentes deste ciclo. Bem como, que a sociedade vem rompendo com a naturalização da violência.