A violência é considerada um relevante problema de saúde pública, despertando preocupação crescente em vários setores, sendo, que os grupos mais vulneráveis são as crianças, adolescentes e idosos que estão entre os eventos violentos. As crianças e adolescentes quando expostos aos maus-tratos físicos, emocionais, abuso sexual ou negligência, apresentam repercussões com prejuízos a curto, médio e longo prazo, de natureza física ou psicológica, que podem refletir na vida adulta. Nas últimas duas décadas têm sido verificadas um aumento da morbimortalidade consequente às violências sofridas na infância, que determinam acidentes, ferimentos, assim como a contaminação por doenças decorrentes de condições de vida precária se culminam em homicídios ou suicídios relacionados às fragilidades emocionais e doenças psicológicas correlacionadas com a violência .Objetivo: caracterizar a atuação dos profissionais da rede de atenção básica frente à violência infantil. Método: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, desenvolvido junto a 10 enfermeiras que compõem a atenção primária à saúde de Arcoverde (PE). A coleta de dados foi realizada nos meses de agosto e setembro de 2019 por meio de entrevista semiestruturada, gravada e transcrita. Resultado: Por meio da análise de conteúdo, foram identificadas as seguintes categorias: Percepção dos enfermeiros sobre o conceito de violência; e Rede de atenção para a situação de violência infantil. Observa-se que os profissionais participantes têm conhecimento a cerca do tema violência infantil, entre tanto a falas dos profissionais entrevistados sinalam aspectos importantes condizentes com dificuldades e limites para atuação diante das situações de violência infantil. Conclusão: Faz-se necessário um compromisso das rede de atenção à saúde através da implementação de protocolos de atendimento que definam claramente o papel de cada membro, para que assim se construa uma rede hierarquizada, articulada e contínua de ações. Possibilitando assim um atendimento mais eficaz por parte do profissionais da Atenção Primária a Saúde.