Introdução: A ostomia é um procedimento cirúrgico no qual é realizada uma conexão de um órgão com o meio externo. As pessoas que possuem ostomia passam a viver uma nova realidade, podendo surgir sentimentos e emoções negativas, que interferem em sua saúde mental. Objetivo: descrever o que tem sido publicado cientificamente sobre as intervenções de enfermagem frente às questões emocionais em pacientes ostomizados. Método: revisão integrativa de literatura, natureza exploratório, descritivo e qualitativa, no período de 2016 a 2020. Realizou-se buscas nas bases de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde. Para os critérios de exclusão, foram retirados os artigos que mesmo se tratando da temática ostomia não estavam abordando a temática do enfermeiro diante de tal e artigos repetidos. Resultados e discussão: Foram encontrados 90 materiais de pesquisas na Biblioteca Virtual de Saúde e 05 na National Library of Medicine and National Institute of Health porém, após aplicar os critérios de inclusão, foram selecionados 07 artigos. Após a leitura dos textos, emergiram as seguintes categorias de análise: características sociodemográficas das pessoas vivendo com ostomias, repercussões do uso da ostomia na saúde mental dos ostomizados e a assistência de enfermagem frente as questões emocionais decorrentes do uso da ostomia. Com relação as características sociodemográficas, a escolaridade reduzida é um fator sociodemográfico para a predisposição de uma ostomia devido a dificuldade da compreensão da enfermidade e a não procura pelo programa da prevenção e tratamento da patologia. Na categoria repercussões do uso da ostomia na saúde mental dos ostomizados, os estudos evidenciam o medo, a vergonha, o constrangimento e o problema de adaptação ao estoma como principais complicações. A respeito da assistência de enfermagem, se faz necessário que o profissional seja capacitado para auxiliar a pessoa durante a reabilitação, a aceitação, o convívio e a recuperação emocional. Conclusão: É preciso que os profissionais de enfermagem não tenham uma visão somente para a parte curativa, mas que sejam habilitados, qualificados e capacitados a orientar esses indivíduos sobre o autocuidado e sua reabilitação. Foi identificado neste trabalho a escassez de estudos sobre este tema voltado para a enfermagem e os aspectos psicológicos dos indivíduos portadores de ostomias.