INTRODUÇÃO: A Terapia Complementar (TC) baseia-se no oferecimento de recursos adicionais ao tratamento principal. Existem vários tipos, entre elas a Terapia Assistida com Animais (TAA), que baseia-se no envolvimento de profissionais capacitados que realizam a abordagem terapêutica não farmacológica utilizando o animal como parte do processo de trabalho. É indicada no processo de promoção e reabilitação da saúde, de acordo com a necessidade do paciente, sendo aplicada em quadros clínicos variados, como a ansiedade, depressão e dor crônica. No entanto, a TAA ainda é pouco explorada pelas instituições de saúde como intervenção terapêutica, no âmbito da Terapia Complementar, para um cuidado integral e humanizado. OBJETIVOS: Identificar características da TAA enquanto Terapia Complementar no contexto da saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a busca nas bases de dados, utilizaram-se os descritores DeCS/MeSH “Terapia Assistida com Animais” e “Terapias Complementares”, unindo-os pelo operador booleano “and”. Adotou-se como critérios de inclusão publicações cujo texto completo estivesse disponível online nas bases de dados indexadas na BVS, e TAA utilizada no contexto da saúde humana. Foram excluídos artigos duplicados, pagos e que não pudessem ser acessados. A busca ocorreu no mês de junho de 2021. RESULTADOS: Foram encontradas um total de 40 publicações. Após leitura dos títulos e resumos, selecionando pelas publicações que atendessem ao objetivo, 19 foram incluídas na presente revisão. Observa-se que a TC tem sido pouco discutida com os pacientes nas instituições de saúde, apesar de seus reconhecidos benefícios na redução da ansiedade, depressão e melhor resposta de enfrentamento ao quadro clínico. A TAA favorece a comunicação, reduz o estresse, tem repercussões em quadros cardiovasculares e traz contribuições nas áreas afetiva e social, favorecendo o desenvolvimento de vínculos. CONCLUSÃO: a TAA enquanto TC pode ser considerada mais um dos recursos capazes de abranger a dimensão biopsicossocial. Os achados apontaram para vantagens no seu uso, potencializando as condutas adotadas pelos profissionais de saúde e podendo ser utilizada sinergicamente com o tratamento principal. Desse modo, oferta-se um atendimento mais integral, humanizado e melhora-se a qualidade da assistência prestada em saúde.