Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
OS IMPACTOS NA SAÚDE DOS PROFISSIONAIS EMERGENCISTAS DURANTE O ENFRENTAMENTO A PANDEMIA DE COVID-19
Relatoria:
SIMONE SANTOS SOUZA
Autores:
- Paulo de Tassio Costa de Abreu
- Mariane Teixeira Dantas Farias
- Andreia Silva Rodrigues
- Adriana Leite Barros dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
ÉTICA, LEGISLAÇÃO E TRABALHO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A pandemia de covid-19 causou mudanças no estilo de vida e nas práticas cotidianas de cuidado realizadas pelos profissionais de saúde. Objetivo:descrever o que tem sido publicado cientificamente sobre o adoecimento ocupacional do profissional emergencista durante o enfrentamento a pandemia de Covid-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A busca dos dados foi realizada nas bases de dados da PubMed e da BVS. Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos completos e relacionados com o objeto do estudo. Resultados e discussão: Inicialmente, o levantamento bibliográfico identificou 284 produções científicas. Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram selecionados 14 artigos para a produção desse trabalho. Esses artigos foram produzidos principalmente por profissionais de enfermagem dos seguintes locais: Rio de Janeiro (21%), Distrito Federal (21%), São Paulo e Bahia. A maioria dos estudos eram reflexões críticas ou revisões sistemáticas da literatura e os descritores mais utilizados pelos autores, foram: infecções por coronavírus, pessoal de saúde, profissionais de enfermagem, saúde do trabalhador e saúde mental. Após a leitura criteriosa dos textos, emergiram três categorias de análise: adoecimento e mortalidade do profissional de saúde (7 artigos), o processo de cuidar do profissional (3 artigos) e a prevenção como estratégia de proteção a saúde do trabalhador (4 artigos). Indispensáveis, os profissionais emergencistas estão entre os grupos mais vulneráveis às consequências físicas, emocionais e psicológicas da pandemia. Os problemas de saúde mais recorrentes nas publicações foram insônia, ansiedade, estresse, depressão, abuso de drogas e outros sintomas psicossomáticos muitas vezes associados ao medo de serem infectados e transmitirem a doença a pessoas queridas. Neste cenário, o amparo à saúde mental da linha de frente cabe também à coletividade, responsável por se informar, validar e respeitar quem cuida. Conclusão: Observa-se, pois, que os trabalhadores dos serviços de saúde fazem parte de um grupo de alto risco para a COVID-19, de forma que o adoecimento destes profissionais acende um alarme para a redução de recursos humanos, o que compromete o potencial de resposta à doença. A rotina exaustiva, o distanciamento familiar, a pressão psicológica e os próprios fatores de risco, os deixam em uma situação de vulnerabilidade no qual se torna necessário cuidar também de quem cuida.