Introdução: O risco de perder a visão de pacientes diabéticos é 25 vezes maior que o de pacientes não diabéticos. A retinopatia diabética afeta mais de 75% dos pacientes diabéticos. O tema da retinopatia diabética é debatido há muito tempo e é considerado prejudicial à saúde pessoal. A pesquisa sobre o assunto tem se tornado extremamente importantes, não só em termos de compreensão, mas também de persistência em ações voltadas para a redução desse problema. Objetivo: Descrever os aspectos epidemiológicos e sociais da retinopatia diabética. Método: Trata-se de estudo observacional, documental, retrospectivo, de abordagem quantitativa, por meio de análise de prontuários de atendimentos em unidade de saúde especializada em atendimento oftalmológico em uma cidade do centro-oeste do estado de São Paulo. Considerando os 984 atendimentos realizados no período de julho de 2019 a julho de 2020, 22 foram em decorrência da retinopatia diabética, quantitativo que compôs a amostra. O instrumento para coleta dos dados foi elaborado pelos autores e os dados foram analisados com análise estatística descritiva. Resultados: Os participantes foram 50,0% mulheres e 50,0% homens. O tempo desde o diagnóstico de diabetes é entre 5 e 47 anos. Quanto às comorbidades,16 pacientes referiram hipertensão arterial e 5 não apresentavam comorbidades. O laser de argônio e a vitrectomia são os tratamentos mais comuns. Sobre o grau de comprometimento visual, mensurado através da avaliação da Acuidade Visual e da Pressão Intraocular e o desfecho no contexto antes e após o tratamento, observa-se em oito participantes a melhora na acuidade visual em olho direito, e quatro com melhora em olho esquerdo. Em relação a piora, característica da fisiopatologia e intervenção tardia, observa-se oito participantes com piora em olho direito e seis em olho esquerdo. Discussão: Ao analisar o gênero dos participantes, o resultado foi 50/50, sendo as mulheres e os homens. O que não se assemelha a estudo realizado no Estado do Ceará, que contou com 27 participantes com retinopatia, sendo a maioria mulheres, 20 (74,1%) e 7 (25,9%) homens. Mesmo em olhos que já receberam fotocoagulação completa, a fotocoagulação a laser é sempre usada para reduzir a irritação neovascular e minimizar o sangramento recorrente ou retardar um novo sangramento. Considerações finais: Uma doença que já se encontra em estágio avançado no momento do diagnóstico, portanto, para pacientes diabéticos considera-se que há maior risco.