INTRODUÇÃO: Compreende-se gravidez na adolescência aquela que ocorre entre os 10 e 19 anos. A gravidez nesta faixa etária oferece riscos tanto maternos como neonatais. Além disso, pode levar a mãe adolescente a ter problemas emocionais e sociais, como abandono escolar e de profissionalização. OBJETIVO: Identificar o perfil dos recém-nascidos de mães adolescentes do Nordeste brasileiro entre os anos de 2008 a 2017. METODOLOGIA: Trata-se de estudo retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, no período de 2008 a 2017, referentes à região Nordeste, extraídos do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). RESULTADOS: Durante o período analisado nasceram 1.835.195 crianças de mães adolescentes. Em relação à duração da gestação, observou-se que 84% dos recém-nascidos nasceram a termo, com mais de 37 semanas de gestação. Quanto ao sexo, a maioria dos recém-nascidos era do sexo masculino, com 941.360 (51,30%). No que se refere à raça, 79,3% eram pardos. Com relação ao peso ao nascer, 87% nasceram com pesos entre 2.500g e 3.999g, ou seja, normopesos. Quanto ao Apgar, 77,1% e 89,6% registraram Apgar entre 8 e 10, respectivamente, no primeiro e quinto minuto de vida. Quanto à anomalia congênita, verificou-se que 1.757.539 (95,8%) não apresentaram. CONCLUSÃO: O perfil verificado neste estudo aponta que a maioria dos recém-nascidos de mães adolescentes do Nordeste brasileiro nasceram apresentando características aceitáveis pelos órgãos reguladores de saúde. Apesar disso, é fundamental salientar que gravidez na adolescência acarreta inúmeras consequências, sobretudo, para a vida da mãe adolescente, como interrupção escolar, impactos econômicos e sociais. Neste sentido, destaca-se a importância de ações de saúde que atuem no sentido de prevenir esses casos.