Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
COVID-19: UM PANORAMA SOCIODEMOGRÁFICO E EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO MUNICÍPIO DE CACOAL
Relatoria:
Wuelison Lelis de Oliveira
Autores:
- Jessíca Reco Cruz
- Bianca Gabriela da Rocha Ernandes
- Cássia Lopes de Sousa
- Sara Dantas
- Teresinha Cícera Teodora Viana
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Covid-19 é uma doença causada pelo novo SARS-Cov-2, cuja transmissão ocorre através do contato com superfícies ou objetos contaminados e principalmente através de gotículas respiratórias provenientes de pessoas doentes. Diante de tal cenário, a População em Situação de Rua (PSR) se encontram vulnerados a doença, pois não dispõem dos recursos básicos utilizados como medidas de prevenção. Objetivos: Este estudo objetivou-se em caracterizar o perfil sociodemográfico e epidemiológico da população vivendo em situação de rua no município de Cacoal, estado de Rondônia, no contexto da Covid-19. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter descritivo, com abordagem qualiquantitativa e exploratória, realizada no município de Cacoal. A população do estudo foi composta por 18 pessoas em condições de rua. O estudo ocorreu em observância às diretrizes da Resolução 466/12 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, sob parecer nº 4.255.560. Resultados: Foram entrevistadas 18 pessoas, destes, 88,88% (16) eram do sexo masculino. Quanto à faixa etária, houve maior predomínio entre indivíduos dos 40 aos 59 anos 61,11% (11). 38,88% (7) havia mais de um ano em situação de rua, 55,55% (10) dos entrevistados apontaram conflitos familiares como fator causal para tal condição. Em relação a alimentação, 33,33% (6) se alimentam ao menos duas vezes ao dia, 61,11% (11) afirmaram manter tem boa relação com a comunidade, 27,77% (5) relataram ter sofrido violência física. Quanto à vícios, 83,32% (15) possuíam hábitos tabagistas ou etilistas. Em relação a doenças e assistência à saúde, 38,88% (7) não apresentou nenhuma patologia que necessitasse de intervenção médica, em relação ao conhecimento Covid-19, 38,88% (7) conheciam pouco. Sobre o uso de máscara como barreira preventiva, 55,55% (10) usavam as vezes, outros 33,33 (6) faziam uso correto, enquanto outros 11,12% (2) afirmaram não usar o acessório, pois não possuíam. Conclusão: A realidade desafiadora torna ainda mais evidente o protagonismo da Atenção Primária a Saúde (APS) na aproximação de políticas públicas já existentes das carências locorregionais, vislumbrando assistência à saúde humanizada, intervindo positivamente na perspectiva de atingir o coletivo.