A sobrecarga do sistema de saúde e as alterações do organismo, típicas da gestação, são fatores que explicam o exponencial aumento da mortalidade materna por Covid-19 no Brasil em 2021. O total de ocorrências teve um crescimento de 204% entre o ano passado e este ano, um percentual consideravelmente maior que na população geral, avaliado em 91%. A ausência desse aconchego e calor humano causavam dificuldades no desenvolvimento físico, prejudicando apetite, ganho de peso e interesse nas relações interpessoais e interação com o meio. Diante dessa constatação, evidencia-se que o acolhimento e colo no contexto da humanização são fatores determinantes na recuperação, crescimento e desenvolvimento da criança desde os primeiros dias de vida. O objetivo desse projeto é oferecer afeto aos Recém-Nascidos (RN’s) que têm ficado privados da presença materna através da hora do colinho, proporcionando relaxamento e acolhimento, minimizando o estresse. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência. Nesse contexto, a maternidade Frei Damião, foi instituída como Centro de Referência COVID Materno Infantil em Âmbito Estadual, sendo a única da capital para gestantes com covid 19 e a única para receber recém-nascidos em todo o estado, dentro do Projeto “Acolher Bem” que tem como premissa básica a humanização da assistência aos nossos usuários, foi idealizada a “Hora do Colinho”, começou a ser uma prática diária como parte complementar da assistência aos RN’s, oferecendo-lhes colo terapêutico, uma prática holística e de cuidado global e integrador, sem rito formal, acontecendo sempre de acordo com a necessidade dos bebês, ou seja, estresse, choro, inquietação, dentre outras circunstâncias identificadas pelos profissionais de Enfermagem. A partir dessa prática começamos a observar o quanto acalmava os RN’s, cessando o choro e diminuindo o estresse, deixando mais relaxado, aumentando inclusive o tempo de sono deles. Conclui-se que a promoção do cuidado humanizado, minimiza o estresse, acelera o processo de recuperação e uma alta mais rápida. E que o envolvimento do colinho foi sempre realizado de forma terapêutica e os profissionais de enfermagem tendo a consciência que em nenhum momento o colo terapêutico substituirá o vínculo familiar.