Introdução: O câncer é formado por um conjunto de doenças que possuem em comum a multiplicação desordenada de células que tem por capacidade a invasão de tecidos e órgãos. Atualmente, é a segunda maior causa de óbito no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Objetivo: Identificar a discutir as formas de enfretamento e visão de mundo dos pacientes com câncer a partir da representação do grupo sobre câncer. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo e descritivo, com base na Teoria das Representações Sociais em sua abordagem processual. A pesquisa se deu em um hospital de referência em tratamento oncológico no município do Rio de Janeiro, Brasil, com um total de 111 participantes. Foram coletados questionários sociodemográficos e entrevistas semiestruturadas por meio da assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sob o parecer aprovado nº 3.630.783. Após a coleta das entrevistas e sua transcrição na íntegra, criou-se um corpus para sua análise por meio do software IRAMUTEQ. Critérios de inclusão utilizados: usuários com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico confirmado de câncer realizado por biópsia, que tenham condições clínicas e interesse em participar do estudo. Critério de exclusão: Paciente com proposta de tratamento paliativo. Resultados: O diagnóstico de neoplasia promove fragilidade para quem a possui e para sua rede de apoio em geral, pois o câncer apresenta uma representação associada a elementos negativos, sendo esses principalmente associados a morte, fazendo com que àqueles que recebem o diagnóstico alterem sua visão de mundo, passando a dar um novo sentido em sua vida, protagonizando-a, tendo também uma mudança de comportamento expressiva. Conclusão: Diante de uma doença que ameaça a existência, a orientação sobre o diagnóstico, tratamento e cuidados necessários, cessando as dúvidas presentes além de proporcionar o autocuidado do usuário faz com que ele tenha um enfrentamento da doença menos difícil, contribuindo para melhor prognóstico a partir de uma participação mais ativa em seu cuidado, como também maior aceitação da atual condição de saúde.