Introdução: A assistência ao pré-natal tem por objetivo reduzir a morbimortalidade materna e infantil, além de proporcionar uma gravidez e um parto saudável para o feto e a gestante. O Brasil apresenta desafios na oferta dessa assistência, tanto estrutural, quanto no fornecimento do serviço de maneira completa. Objetivo: Analisar as taxas de transtornos do período neonatal do Estado do Amapá. Método: Estudo transversal quantitativo com coleta de dados na base do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), fornecidos pela Secretaria Estadual do Amapá e na plataforma GBD – Carga Global de Doenças. Resultados: O Amapá apresentou um aumento na taxa de óbitos causados por transtornos relacionados à gestação de curta duração e baixo peso ao nascer, passando de 56,06% do total de óbitos em menores de 5 anos em 2018 para 56,21% em 2019, um percentual maior que a média nacional de 47,21%. Segundo o SIM, o número de óbitos cresceu de 12 para 15 óbitos nos anos de 2018 e 2019, respectivamente, totalizando 27 óbitos nos dois anos. Além disso, o percentual de óbitos passou de 79,28% em 2018 para 79,5% em 2019, mostrando um aumento de 0,22% do total de óbitos associados à causa. Conclusão: Ao analisar as taxas, verificou-se um aumento relativo de mortes de fetos que poderiam ter sido evitadas se o pré-natal fosse efetuado de maneira adequada, o que evidencia uma fragilidade no sistema de saúde no estado do Amapá, que apresentou índices de mortes relacionados à gestação curta e baixo peso ao nascer maiores que o resto do Brasil.