Introdução: O adolescente infectado com o HIV/aids deve lidar com uma rotina em sua vida, pois em decorrência da doença incurável, ele necessita aderir a tratamentos prolongados com a terapêutica de medicamentos antirretrovirais, a coleta de sangue e as consultas periódicas. Esse estudo teve como objetivo analisar a percepção dos adolescentes soropositivos acerca da consulta do enfermeiro. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida em um ambulatório de Infectologia, situado em um hospital universitário do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram 7 adolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 19 anos, que vivenciam o HIV/Aids. Resultados: Os sete adolescentes descreveram suas vivências nas consultas de enfermagem como uma boa experiência. Em todos os depoimentos foi percebido o quanto é importante o cuidado integral, holístico, humanizado e acolhedor para com esses pacientes. A consulta de Enfermagem no local em que foi desenvolvido esse estudo inclui: a requisição de exames laboratoriais, a realização do exame físico dos pacientes, a prescrição de cuidados, o esclarecimento de dúvidas e o estímulo à manutenção do tratamento. Em cada consulta, devem ser avaliadas as demandas dos pacientes buscando desconstruir mitos e tabus. Conclusão: O atendimento humanizado, oportuniza aos adolescentes soropositivos, o estímulo à manutenção do acompanhamento, a melhora da autoestima e o esclarecimento de seus questionamentos. A Enfermagem deve oportunizar em cada consulta a compreensão dos adolescentes quanto ao entendimento de sua condição. Para tanto, é fundamental uma refinada comunicação através da escuta sensível e do processo dialógico do enfermeiro, ao atuar como intermediário na consolidação do cuidado e qualidade de vida dessa clientela.