Introdução: O jovem HIV positivo convive com um problema de saúde que envolve dimensões especiais, que vão além das questões inerentes à fisiopatologia do HIV/aids ou à terapia com antirretrovirais (ARV), e que se refletem em todos os âmbitos de sua vida, como a realidade de conviver com uma doença crônica incurável. Um dos maiores desafios que ainda é enfrentado pelas pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) é o estigma associado à promiscuidade e ao homossexualismo. Objetivo: Compreender o que representa o estigma na vida dos jovens soropositivos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada com 11 entrevistados, em um ambulatório especializado no atendimento de adolescentes e jovens. Os dados foram coletados através de entrevista individual com perguntas semiestruturadas, em uma sala privada. As entrevistas foram transcritas; analisadas e interpretadas, segundo a Análise de Conteúdo de Laurence Bardin. Resultados: Foram obtidas duas categorias empíricas: A dificuldade de aceitar o diagnóstico e O (des)conhecimento das pessoas sobre o HIV. É fundamental que os profissionais da saúde fomentem conhecimentos sobre a síndrome para a população. Abordar essa temática através de informações claras sobre IST e HIV/aids, são de grande importância para que assim, o jovem seja o protagonista de sua própria história, rompendo com a cadeia de transmissão do preconceito. Discussão: Concepções antigas acerca dos tipos de transmissão, da baixa expectativa de vida e do prognóstico fatal de morte, ainda permanecem no imaginário coletivo da população. Conclusão: Foi possível compreender que o diagnóstico de HIV/aids para os jovens, traz em seu bojo, o estigma que o impede experienciar a vida de modo mais ampliado.