Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
PERSPECTIVA GERENCIAL FRENTE AO DIAGNÓSTICO TARDIO DA TUBERCULOSE NO SERVIÇO DE SAÚDE
Relatoria:
Lucas Lima dos Santos
Autores:
- Ana Flávia Dias
- Ana Carolina Scarpel Moncaio
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Analogamente, a tuberculose no Brasil, em 2020, registrou 66.819 casos novos, com incidência de 32 casos por 100 mil habitantes, contudo pela pandemia da COVID-19, houve uma queda na incidência em relação ao ano interior, assim pode ser evidenciada como uma problemática de saúde pública, de grande vulnerabilidade social e econômica. A dimensão gerencial é essencial no que tange ao diagnóstico da tuberculose, visando um planejamento sistematizado e efetivo, onde a atuação de gestores dos serviços de saúde, influencia diretamente no acesso ao diagnóstico precoce e tratamento do usuário com tuberculose e nas ações de controle da doença. Tendo em vista isso, o diagnóstico tardio, é caracterizado pelo tempo entre a primeira consulta e a data de confirmação do diagnóstico, e se trata de um desafio aos gestores dos serviços de saúde, relacionado tanto ao paciente e suas condições socioeconômicas, quanto ao serviço com a falta de preparo e alta burocratização. Em virtude do exposto, objetiva-se discorrer sobre a ótica do gestor quanto ao diagnóstico tardio da tuberculose no serviço de saúde. A metodologia foi baseada na busca de artigos pela base de dados Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), totalizando quatro artigos, sendo um deles uma dissertação de mestrado. Aos critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, publicados em português e que abarcasse o objetivo supracitado. Foram excluídas as publicações secundárias. Os resultados evidenciaram algumas problemáticas quanto ao retardo no diagnóstico da tuberculose: dificuldades no serviço e no diagnóstico; falta de qualificação dos profissionais frente à doença; resistência e preconceito dos usuários com a doença; falta de planejamento estrutural-organizacional, no que concerne a ações para o diagnóstico efetivo da tuberculose; questões sociodemográficas e econômicas; e a ausência de busca ativa dos assintomáticos, mesmo devendo ser uma prioridade pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Destarte, inúmeras lacunas acerca do controle da tuberculose foram observadas, desde a gestão até o usuário e nesse contexto evidenciado, a gestão deve se capacitar e desenvolver formas de suprir as demandas referidas, de forma a preparar os profissionais, reorganizar estratégias efetivas para a busca ativa e ampliar as ações práticas, a fim de garantir uma resolução palpável às falhas relatadas. Por fim, podemos elucidar a baixa produção científica sobre o assunto discorrido.