Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DO AMAPÁ
Relatoria:
Matheus Lopes dos Santos
Autores:
- Victória Neves dos Passos
- Ana Cláudia Paiva Cardoso
- Bruno Raphael da Silva Feitosa
- Pablo Palmerim Santana
- Mayra Loreanne Nascimento Corrêa
- Aldalice Tocantins Correa
- Camila Rodrigues Barbosa Nemer
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma antropozoonose de infecção zoonótica não contagiosa, causada pelos protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que afeta pele e mucosas, tendo como reservatórios roedores silvestres, tamanduás e preguiças.¹ Objetivos: Analisar os casos de leishmaniose tegumentar americana no estado do Amapá no período de 11 anos. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de análise quantitativa, descritiva e retrospectiva, com unidade de análise do estado do Amapá durante o período de 2009 a 2019. Foram utilizados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram coletados em junho de 2021. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Resultados: No período analisado, foram notificados 226.051 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana no Brasil, sendo 7.250 casos no estado do Amapá. Dentre os municípios do estado, destacaram-se os municípios de Macapá, com 1.671 casos e uma média de 151,90 ocorrências por ano, e Oiapoque, com 1.198 casos e média de 108,90 notificações por ano. Em relação às características sociodemográficas, foram identificados prevalência em adultos de 20 a 39 anos (48,26%), com ensino fundamental incompleto (29,3%), declarados pardos (74,23%), do sexo masculino (79,02%). Do total de casos notificados, a forma clínica cutânea foi a mais presente, sua presença foi detectada em 7.187 casos, representando uma margem de 97,62%, já a forma clínica mucosa foi identificada em apenas 174 casos, representando 2,36%, em 93,2% dos casos foram diagnosticados por algum tipo de diagnóstico clínico-laboratorial. Do total de pacientes notificados entre 2009 e 2019, 56,3% evoluíram para a cura clínica, enquanto que 17,57% abandonaram o tratamento. Também foram registrados 3 óbitos por LTA e 6 óbitos por outras causas. Conclusão: Os dados catalogados evidenciam o acometimento da população que se encontra mais vulnerável em relação às demais: homens adultos de 20 a 39 anos, pardos, com baixo nível de escolaridade. Tais constatações evidenciam a negligência no manejo da doença das populações mais vulneráveis. Fatores como falhas na abordagem de assistência de saúde pública com ações de prevenção e promoção da saúde associados a problemas socioeconômicos de certos grupos resultam na permanência da doença como um problema de saúde pública.