LogoCofen
Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Relatoria:
VICTÓRIA NEVES DOS PASSOS
Autores:
  • Matheus Lopes dos Santos
  • Marina Bradaci de Oliveira
  • Aldalice Tocantins Correa
  • Mayra Loreanne Nascimento Corrêa
  • Bruno Raphael da Silva Feitosa
  • Camila Rodrigues Barbosa Nemer
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
TECNOLOGIA, PESQUISA, CUIDADO E CIDADANIA
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Organização Pan-Americana da Saúde aponta que a violência contra a mulher é uma questão de saúde pública, sendo vital que os profissionais da saúde exerçam uma assistência multidisciplinar. ¹ OBJETIVO: Analisar os artigos sobre a assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo. MÉTODO: Revisão da Literatura, utilizando o banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados: MEDLINE, LILACS E BDENF. As buscas e os descritores utilizados foram “cuidados de enfermagem” AND “violência por parceiro íntimo” (1ª busca) e “cuidados de enfermagem” AND violência AND mulheres (2ª busca). Os critérios de inclusão adotados foram: artigo completo, em inglês e português. O período das publicações foi de 2017 a 2021. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos, revisões e não correspondentes à temática. A amostra final foi composta de 9 artigos. RESULTADOS: As condutas tomadas pelos enfermeiros foram divididas em 3 categorias: Categoria 1: reconhecimento, acolhimento e compreensão da situação a qual a vítima se encontra, lhe dando espaço necessário para que haja um diálogo e exista a percepção da mulher sobre o estado em que se depara. Categoria 2: realização de uma assistência técnica, dando ênfase ao cuidado psicológico e conduzindo a assistência de modo empático, tendo em vista a fragilidade física e emocional da vítima. Categoria 3: nesta categoria os profissionais orientam de acordo com o conhecimento empírico sobre a conjuntura em que defronta-se. Também foi evidenciado algumas situações que dificultam a condução da assistência para essas mulheres, como a inaptidão de certos profissionais diante dessa problemática que inviabiliza o reconhecimento da situação e o que fazer diante dela, podendo complexificar a recuperação da vítima, como também a tomada de culpa da mulher sobre estar em tal situação prejudicando a continuidade do cuidado e por fim, a falta de redes de apoio para as vítimas. CONCLUSÃO: O estudo evidencia que a violência contra a mulher ainda não é vista como uma problemática de saúde pública e a assistência da enfermagem é feita de acordo com o discernimento do enfermeiro. Contudo, foi demonstrado a falta de capacitação de alguns profissionais para lidar com essa situação, juntamente com a falta de redes de apoio nas instituições de saúde, consequentemente gerando uma desatenção em torno desse contexto.