ATENDIMENTO AO SURDO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E A QUESTÃO DE COMUNICAÇÃO. Introdução: Entre as diversas deficiências, destaca-se a auditiva, pelo impacto que promove na vida social das pessoas. O deficiente auditivo, ao procurar um serviço de saúde, encontra como principal barreira a sua comunicação com a equipe de saúde. Desta maneira, o atendimento acaba por não atender satisfatoriamente as necessidades dos deficientes auditivos em receber uma assistência à saúde individualizada e integral, sejam estas crianças, adolescentes ou adultos. Assim como toda a sociedade, os surdos também necessitam de meios para que possam ser atendidos adequadamente e sintam segurança no atendimento. Esse estudo tem como objetivo geral: caracterizar as dificuldades de comunicação da equipe de enfermagem com os deficientes auditivos no decorrer da assistência de enfermagem e como objetivos específicos: Descrever as estratégias desenvolvidas pela equipe de enfermagem na comunicação não verbal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, de natureza quantitativa, qualitativa, exploratória e descritiva, com delineamento transversal. A amostra foi constituída por 20 estudantes surdos, com diagnóstico de surdez comprovada. A pesquisa foi realizada, com o auxílio de um questionário previamente construído, composto por perguntas abertas objetivas e subjetivas para as entrevistas. As indagações pertinentes foram intermediadas por um intérprete de Libras, o qual ao obter as respostas, as dizia em voz alta para captação de um gravado comum. A coleta ocorreu entre os dias 21 e 22 de março de 2019 a qual foi realizada em duas salas de aula. Resultados: Esse estudo mostra que os participantes da pesquisa predomínio gênero feminino (70%), os quais estão na faixa etária entre 18 a 50 anos e cursando o Ensino Médio (65%). Em relação à ocupação, a maioria (65%) revelou ser estudante. A comunicação utilizada pelos estudantes, para se relacionarem com os profissionais de saúde 85% deles responderam que se dá através de um acompanhante Conclusão : Os resultados desta pesquisa permitem identificar que a dificuldade na interação dos profissionais com os deficientes auditivos devido à falha no processo comunicativo, onde estes profissionais não possuem conhecimento em Libras , faltando habilidades em transmitir informações sobre sua saúde, ou seja, dificultando esta comunicação e pouco contribuindo para realizar aquilo que é da competência dos profissionais de saúde , a orientação e educação .