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Anais - 23° CBCENF

Resumo

Título:
ACOLHIMENTO COMO ESTRATÉGIA DE IDENTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Relatoria:
PATRICIA PEREIRA TAVARES DE ALCANTARA
Autores:
  • ESTEFANI ALVES MELO
  • Mariana Andrade de Freitas
  • DAIANA DE FREITAS PINHEIRO
  • Francisca Evangelista Alves Feitosa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência contra a mulher se manifesta de forma física, psíquica e sexual. Estima-se que muitas delas aportam na Unidade Básica de Saúde (UBS) buscando cuidados e, por diferentes razões, nem sempre relatam a causa de seus agravos aos profissionais de saúde. É importante, desse modo, saber identificar uma vítima desse tipo de violência e, a partir disso, traçar um plano de cuidado e assistência. Objetivou-se com este estudo reconhecer o acolhimento como estratégia de identificação de vítimas de violência doméstica na Atenção Primária à Saúde. Trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura nas bases de dados LILACS e MEDLINE. A pesquisa foi realizada no período compreendido entre os meses de março e abril de 2021, utilizando os descritores em saúde: acolhimento, violência doméstica e atenção primária à saúde, conectados ao operador booleano AND, resultando em 128 artigos. Foram utilizados como filtros: trabalhos disponíveis na íntegra, nos últimos cinco anos e nos idiomas português e inglês restando 73. Dentre os critérios de inclusão: estudos que correspondessem à temática após leitura de título e resumo. Foram excluídos artigos duplicados, restando, assim, 24 artigos para amostra final. Diante dos achados, observou-se o reconhecimento da violência cometida por parceiro íntimo em serviços de atenção primária à saúde ainda é muito pequena. Essas mulheres são denominadas pelos profissionais como “poliqueixosas”, dada a diversidade de sinais e sintomas físicos e psicológicos. Nesse sentido, autores apontam o acolhimento como uma ferramenta de atenção à saúde que poderia contribuir para o atendimento de mulheres em situação de violência doméstica. O mesmo é descrito como uma relação solidária, respeitosa e acolhedora, que profissionais e serviços de saúde, como um todo, estabelecem com seus usuários. Tem sido atribuído também como um dispositivo tecnológico nas propostas de humanização da saúde, possibilitando escuta e diálogo. Entretanto, tal noção é pouco abordada e necessita de reflexões, tanto conceituais quanto empíricas, sobre suas potencialidades e desafios. Conclui-se que na atenção primária à saúde a prática do acolhimento deve ser reconhecida, e mais explorada pelos profissionais. Sendo necessário incluir a violência doméstica como situação emergencial e organizar serviços essenciais para sua resolução, possibilitando, desse modo, o bem-estar e uma melhora na qualidade de vida dessas usuárias em situações de opressão.