Anais - 23° CBCENF
Resumo
Título:
SÍFILIS NA GESTAÇÃO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UM MUNICÍPIO DA BAIXADA MARANHENSE
Relatoria:
Elainy Pereira Ribeiro Ramalho
Autores:
- Ednólia Costa Moreira
- Joelmara Furtado dos Santos Pereira
- Laice Brito de Oliveira
- Julieta Carvalho Rocha
- Francisca Patrícia Silva Pitombeira
- Thainnária Dhielly Fonseca Nogueira
- Marcos Viegas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
POLÍTICAS PÚBLICAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são consideradas um problema de saúde pública e estão entre as patologias transmissíveis mais comuns, afetando a saúde e a vida das pessoas em todo o mundo. A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, acomete cerca de 6 milhões de novos casos a cada ano. Sífilis na gestação é definida como casos de sífilis detectados durante o pré-natal, parto e puerpério. A mulher grávida infectada quando não recebe o tratamento precoce adequado, pode transmitir a infecção para o feto, o que pode resultar em baixo peso ao nascer, nascimento prematuro, aborto, natimorto e manifestações clínicas precoces e tardias. Este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos de Sífilis Gestacional notificados no período de 2010 a 2020 em um município da Baixada Maranhense. Trata-se de uma pesquisa descritiva dos casos de sífilis em gestantes, a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). Foram notificados 181 casos da doença no período. Observou-se o aumento significativo nas notificações no período de 2016-2018 (45,3%) e redução nos anos 2010-2012 (3,3%). De acordo com as variáveis sociodemográficas, observou-se que 75,7% das gestantes estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e que 22,6% tinham idade inferior a 19 anos. A ocorrência da Sífilis foi mais frequente em mulheres pardas (72,9 %). Considerando as características clínicas e epidemiológicas, os casos apresentaram predominantemente a sífilis primária (37,6 %) como classificação clínica. Os dados obtidos conjugam com a maioria dos estudos já realizados em diferentes regiões do País. Trata-se de um agravo que apresenta recursos diagnósticos e de tratamento simples e de baixo custo, no entanto seu controle continua sendo um desfio aos órgãos públicos.