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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
IDENTIDADES DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: Relato de experiência
Relatoria:
IZABEL CONCEIÇÃO SANTOS
Autores:
  • Jeane Freitas de Oliveira
  • Carle Alberto Porcino
  • Lanna Katherine Leitão Conceição
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Na prática profissional enfermeiras (os) mantém contatos diretos com usuárias(os) dos serviços, deparando-se com questões que ultrapassam a técnica científica, a exemplo de demandas, relacionadas a gênero, sexualidade, raça/cor. A ausência e/ou abordagem inapropriada dessas questões na formação profissional pode interferir na qualidade dos cuidados prestados e potencializar barreiras traduzidas em preconceitos e discriminação no acolhimento e atendimento das pessoas, sobretudo quando se trata de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexo (LGBTTI). OBJETIVO: Relatar a experiência na realização de rodas de conversas com graduandas de Enfermagem sobre a temática de gênero, diversidades sexuais, raça/cor e saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, na realização de rodas de conversas, durante os semestres de 2018.2 a 2019.1, conforme plano de trabalho aprovado pelo projeto SANKOFA/UFBA 2018. As rodas foram realizadas prioritariamente com estudantes de Enfermagem e do Bacharelado em Saúde, matriculados numa disciplina optativa do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Cada roda contou com a presença de 15 a 20 estudantes estudantes, teve duração média de 4 horas. Além das rodas foi realizado um seminário com duração de 15 horas, envolvendo estudantes e profissionais de saúde e áreas afins. RESULTADOS: As/os estudantes demonstraram interesse nas temáticas mediante participação ativa nas rodas de conversa. Observou a tendência da utilização das expressões identidade de gênero e orientação sexual como sinônimos, implicando em negligência no uso do nome social e das identidades de gênero não binárias (travestis e trans). A presença de pessoas LGBTTI+ potencializou a discussão, favorecendo reflexões acerca de demandas sociais e de saúde específicas dessas pessoas, sinalizando a importância de contemplar as especificidades durante a assistência de saúde. Depoimentos de participantes revelaram proximidades com pessoas LGBTT e reforçaram situações de sofrimentos vivenciados, assim como dificuldades no acesso aos serviços de saúde por conta de preconceitos e estereótipos socialmente estabelecidos. CONCLUSÃO: As atividades favoreceram a integração e a sensibilização de estudantes, futuramente ptofissionais de saúde,acerca de demandas específicas de pessoas LGBTTI+, assinalando a possibilidade de melhorias no atendimento de saúde a essas pessoas.