As exigências da vida universitária evidenciam que o estudante, desde o seu ingresso na instituição, até a conclusão do curso, deve apresentar recursos cognitivos e emocionais complexos para o manejo das demandas desse novo ambiente. Além disso, o montante de informações a apreender, as limitações de tempo, as questões financeiras e familiares se tornam fatores estressores para o estudante na fase de finalização de um curso superior. É importante não somente refletir sobre o processo de ensino, mas também sobre como as atividades acadêmicas são desenvolvidas durante o curso. Ressalta-se também a importância dos serviços de apoio à saúde mental, pois podem atuar como suporte nessa fase da vida acadêmica, fortalecendo os mecanismos saudáveis de enfrentamento. Salienta-se nesse cenário, a influência das características individuais de cada estudante, de sua capacidade de lidar com várias demandas e de sua interação com diversas fontes de apoio prestadas pela universidade, entre elas, o professor, sendo relevantes na determinação do desempenho acadêmico. Objetiva-se relatar a experiência na construção do Trabalho de Curso (TC) em Enfermagem. Trata-se de um relato de experiência enquanto acadêmica de Enfermagem na construção do TC, durante o último ano do curso. Nesse período o acadêmico redige seu trabalho sob orientação de um professor, de forma individual com base nos preceitos éticos e rigor metodológico da pesquisa. Nesse processo, o estudante tende a vivenciar experiências negativas como ansiedade, angústia, estresse, insônia, cansaço, entre outros. Contudo, a observação da realidade demonstrou que o papel do orientador vai além do aporte científico, mostrando-se determinante quando este oferta apoio emocional e acolhimento humanizado, pois pode proporcionar incentivo e redução do sofrimento psicológico inerente a esta fase, resultando em um melhor aproveitamento durante a escrita. Assim, entende-se que o percurso de construção de um TC embasado no vínculo respeitoso, harmônico e motivador entre orientador e aluno permite um melhor desempenho do acadêmico, tanto no quesito científico, quanto pessoal e profissional. Além disso, as relações harmônicas em conjunto com o conhecimento científico, proporciona uma melhora significativa nas condições de saúde física e mental do acadêmico.