Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
SAÚDE PÚBLICA EM CASCAVEL/PR NA DÉCADA DE 1960
Relatoria:
Géssica de Lima
Autores:
- Rosa Maria Rodrigues
- Solange de Fátima Reis Conterno
- Bruna Damiani
- Bruna Emilia Mareco de Almeida
- Elisangela de Melo
- Jéssica Borges Lúcio Barhart
- Juliane Zanon Neneve -
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Em 1934, Cascavel começava a ganhar instituições, como o distrito policial de Cascavel, o distrito judiciário e o distrito administrativo, que lhe dariam o status de cidade na década de 1950, porém sob jurisdição do município de Foz do Iguaçu. Os recursos madeireiros se extinguiram no final da década de 1970 e deram lugar ao início da fase de industrialização da cidade, concomitantemente com o aumento da atividade agropecuária. E a saúde à época, como era? Esta pergunta ganha relevância para o resgate da história da saúde pública para destacar possíveis avanços desde então. Objetivo: Descrever as ações de saúde pública na década de 1960 em Cascavel/PR. Metodologia: Pesquisa histórica cuja fonte foi o primeiro jornal circulado na cidade, arquivado na biblioteca pública municipal. As notícias sobre saúde foram fotografadas, descritas e analisadas, recortando-se a década de 1960. Resultados: O jornal Diário D´Oeste começou a circular em dezembro de 1962, sob direção de Wilson Jofre, médico e proprietário do Hospital Nossa Senhora Aparecida; havia poucos médicos na cidade como em todas as regiões do país. A saúde pública se limitava a oferta de vacinações e consultas, no único posto de saúde da cidade que era gerido pelo Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, baseados no assistencialismo, pois os que lhe acorriam eram denominados indigentes ou desprovidos da sorte. Em 1965 pleiteava-se a construção de um hospital público para os indigentes. As condições ambientais eram dramáticas denunciadas nas más condições dos estabelecimentos, assim como nos hábitos de higiene rurais coexistindo no ambiente urbano, revelado na criação de animais nos quintais. O final da década mostra o pleito para o início da industrialização da cidade, com o fim da extração da madeira, para a abertura de posto do INPS na cidade e para a construção e reforma do único posto de saúde da cidade. Conclusão: Na cidade de Cascavel, as ações de saúde pública estavam por ser constituídas; não existiam aparelhos públicos de saúde que atendessem toda a população, afinal este não era o modelo à época. Observa-se a transição entre uma cultura agrária para urbana, momento em que se chocam hábitos que colocam em risco a saúde, como no convívio urbano entre humanos e animais. Olhar para o passado deve fortalecer a defesa das ações coletivas de saúde, de forma que o direito a saúde não retroceda.