Introdução: A agricultura familiar é considerada como modalidade em que se produz para o próprio consumo. No trabalho há multitarefas devido à diversificação de atividades ligadas a cultura da terra, criação de animais e indústria doméstica. As mulheres representam um contingente expressivo desta população e são consideradas primordiais para o desenvolvimento da produtividade na pequena propriedade rural (DIEESE, 2014). Objetivo: Identificar como mulheres na agricultura familiar no município de Cascavel-PR percebem a saúde de outras mulheres. Metodologia: Pesquisa transversal e descritiva, efetivada em 2018, por meio de entrevista semi-estruturada com 29 mulheres da agricultura familiar em distritos de Cascavel-PR. Amostra por conveniência mediante saturação de dados. Parte de pesquisa mais ampla, atende a Resolução nº 466/2012 do CONEP. Pesquisa financiada pelo CNPq, Edital Universal 2016. Resultados: Perquiridas sobre quais problemas de saúde são mais relatados no convívio com outras mulheres no meio rural, apreendeu-se que o maior agravo à saúde consiste na presença de dor em alguma parte do corpo, principalmente lombalgia e dor nos membros inferiores. Contudo, outros problemas de saúde foram identificados como desconforto por queimaduras nos membros superiores e inferiores causadas pelo sol durante o trabalho, problemas uterinos, pressão alta, diabetes e depressão. A explicação para esses problemas foi pelo trabalho intenso na propriedade e, no caso da depressão, nas dificuldades em pagar as contas no final do mês. Parreira et al (2017) observaram que estados depressivos em mulheres rurais estão relacionados a dificuldades com os parceiros, neste caso, são necessários novos estudos com a população feminina na região a fim de identificar possíveis associações com a depressão. Conclusão: Os problemas de saúde que atingem a mulher que trabalha na agricultura familiar tendem a deixar seu trabalho mais penoso. Medidas de promoção da saúde são pertinentes a fim de melhorar a qualidade de vida desta população. Referências: DIEESE. Mercado de trabalho assalariado rural. São Paulo: DIEESE, 2014. NEPOMUCENO, Patrik et al . Dor lombar, índices antropométricos e flexibilidade em trabalhadores rurais. BrJP, São Paulo . 2019; 2 (2), 117-122. PARREIRA, B.D.M et al. Sintomas de depressão em mulheres rurais: fatores sociodemográficos, econômicos, comportamentais e reprodutivos. Acta Paulista de Enfermagem. 2017, v.30 (4), p.375-382.