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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
INFECÇÃO POR MYCOBACTERIUM LEPRAE EM CONTATOS SOCIAIS DE HANSENÍASE EM ESCOLARES DE UM MUNICÍPIO DE MT
Relatoria:
FABIANE VERÔNICA DA SILVA
Autores:
  • Thaísa Da Silva Vargas Rodrigues
  • BRUNA RAYELI GROTH
  • SILVANA MARGARIDA BENEVIDES FERREIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Dissertação
Resumo:
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, a detecção em crianças, sugere a manutenção do bacilo na comunidade, caracterizando-se como um indicador de monitoramento da endemia. Buscou-se analisar a presença de infecção por Mycobacterium leprae em contatos sociais escolares de casos de hanseníase multibacilar, em um município do Estado de Mato Grosso. Trata-se de um estudo epidemiológico, estruturado em três manuscritos afim de: Caracterizar o perfil dos 250 escolares, sendo 13 casos de hanseníase multibacilar notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de julho de 2015 a dezembro de 2016 e 237 contatos sociais saudáveis, ambos com idade entre 5 a 14 anos; Investigar a positividade do M. leprae por PCR do Swab Nasal e seus fatores associados em contatos sociais, onde utilizou-se a razão de prevalência nas análises bivariadas e regressão de Poisson com variância robusta nas ajustadas ao nível de significância estatística de 5% e Coeficiente de Correlação de Pearson para as variáveis numéricas; e Analisar a distribuição espacial dos contatos escolares positivos à PCR do swab nasal, por meio do georreferenciamento da região de procedência. Os resultados evidenciaram maior predominância da faixa etária dos 10 aos 14 anos, autodeclararão de raça/cor parda, residentes na zona urbana, região norte do município, em casas cedidas/alugadas, com mais de 5 pessoas por residência, cuja as condições socioeconômicas prevalente foram C, D, E. Nas variáveis imunológicas constatou que 9,7% dos contatos nasceram prematuros e 5,1% não apresentavam cicatriz de BCG. A maior proporção da amostra era proveniente da zona urbana e região norte do município. Indicou ainda, que a infecção por M. Leprae na população esteve associada a condição de residência alugada/cedida, correlação entre a positividade à PCR e o número de indivíduos que apresentavam duas cicatrizes de BCG, raça/cor amarela e indígena. Escolares da raça/cor preta mostraram-se correlacionados com o número de indivíduos com casos de hanseníase na família e lesões sugestivas da doença. O terceiro estudo evidenciou, que os contatos escolares positivos à PCR do swab nasal residiam em áreas de maior vulnerabilidade social. Assim, conclui-se que o controle da hanseníase, já que a efetividade das ações dependem das melhorias nas condições de vida e socioeconômica da população.