Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que o aborto constitui a expulsão do produto do conteúdo fetal entre a 20º e 22º semana de gestação, pode ser de ordem natural, provocado e legal. Os mais comuns fatores de risco identificados em mulheres com abortamento precoce são a idade materna avançada e a história de perda anterior. Por uma questão criminal, cultural e religiosa para as mulheres em situação de abortamento nas unidades hospitalares, muitas são discriminadas, julgadas, culpabilizadas, e violentadas pela escolha legal ou pela ilegalidade do ato, gerando um estigma social. Objetivos: Analisar os principais estudos acerca da assistência ofertada a mulher em situação de abortamento e seu impacto psicobiologicos, afim de analisar a inclusão de aspectos relativos à sua humanização e incitar profissionais, independentemente dos seus preceitos morais e religiosos, a preservarem uma postura ética, garantindo o respeito aos direitos humanos das mulheres. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no período de março a maio de 2019, utilizando as seguintes bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientic Eletronic Library Online (SciELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Empregando para a consulta nessas bases os seguintes descritores: “Aborto”, “Humanização” e “Estigma Social’. Resultados: Verificou-se que a busca de mulheres pelos seus direitos perdura por décadas e, mesmo alcançando várias conquistas, é necessária uma assistência firmada na bioética, com práticas que primem pela ética profissional independentemente de ideologias, buscando trabalhar os aspectos emocionais da mulher em situação de abortamento, com acolhimento e orientação para um planejamento reprodutivo pós-abortamento. Conclusão: Tais atitudes devem servir de apoio para que a mulher mantenha seus direitos a uma saúde de qualidade garantidos sem violações, pratica esta, respaldada pela Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher.