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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DA MORTALIDADE POR FEMINICÍDIO NO BRASIL DE 1996 A 2017
Relatoria:
CONRADO MARQUES DE SOUZA NETO
Autores:
  • Lorenna Emília Sena Lopes
  • Danielle Pereira Lima
  • Carine Santana Ferreira Marques
  • Lourivânia Oliveira Melo Prado
  • Maria da Pureza Ramos de Santa Rosa
  • Ana Maria Gomes dos Santos
  • Reinaldo Viana Belo Neto
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O homicídio praticado contra mulheres por agressão é uma realidade no Brasil, expressando-se como feminicídio quando baseado nas desigualdades de poder entre os gêneros, o qual é considerado um crime hediondo e traz à tona preocupações causadas pelo alto índice de mortalidade feminina. OBJETIVO: Analisar o perfil dos óbitos femininos por agressão no Brasil entre o período de 1996 a 2017. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo e exploratório, com embasamento em dados secundários disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) pelo Departamento de Informática do sistema Único de Saúde (DATASUS), não necessitando ser submetido ao Comitê de ética em pesquisa por serem dados de domínio público. As variáveis utilizadas foram: região do país, sexo, faixa etária, estado civil e local de ocorrência, que foram limitados de 1996 a 2017. RESULTADOS: Durante os anos analisados, foram registrados 90.966 casos de óbitos femininos por agressão, tendo maior ocorrência na região sudeste do país (41%). As notificações por este CID aumentaram em 55% comparando o ano de 1996 a 2017. As mulheres mais atingidas tinham entre 20 e 39 anos (52%). Em relação ao estado civil, 61% eram solteiras. As agressões ocorridas em domicílio totalizaram 28% dos óbitos. CONCLUSÃO: Atualmente este tipo de crime motivado por violência doméstica e/ou desigualdade de poder entre gêneros possui um panorama preocupante no Brasil, observa-se uma elevação no quantitativo de óbitos femininos no país, principalmente entre as mulheres solteiras, evidenciando a necessidade de medidas preventivas.