Introdução: A prevalência do tabagismo é elevada mundialmente, sendo o sexo masculino os maiores consumidores desse produto. O consumo do tabaco pelos homens tem uma explicação histórica, pois, durante muitas décadas, esteve associado à virilidade, força e poder masculino. Diante desde cenário, o Programa de Controle do Tabagismo (PCT) visa apoiar a cessação tabágica com suporte de profissionais de saúde capacitados para oferecem uma intervenção custo-efetiva satisfatória. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico e a história tabágica dos usuários masculinos atendidos pelo Programa de Controle do tabagismo das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Maringá-Pr. Método: O presente estudo tem natureza documental, retrospectivo, descritivo de caráter quantitativo, utilizando fontes documentais oriundas do PCT. Os dados foram analisados e coletados de prontuários dos usuários atendidos pelo PCT realizados pela Atenção Primária à Saúde no Município de Maringá-PR, região sul do país, no ano de 2018. Posteriormente, foram tabulados e organizados pelo Microsoft Office Excel 2016 e descritos por meio de frequência absoluta (Fa) e relativa (Fr). O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob o parecer n°2.278.656. Resultados: Identificou-se a prevalência de 108 homens adultos, com idade inferior a 60 anos (84,3%). Em relação ao estado civil a maior parte (56,5%) era casado ou estava em união estável. Quanto à escolaridade, cerca de 24,0% possuía o segundo grau e 12,0% o ensino superior. Acerca do histórico, a maioria iniciou o consumo do tabaco em idade menor ou igual a 15 anos (54,6%) e negaram convivência domiciliar com fumantes (62,9%). Quanto à procura pelo grupo, 59,2% procuraram ajuda para parar de fumar por indicação, seja de um profissional de saúde ou de um conhecido. Conclusão: Com base nos resultados encontrou-se a predominância de homens adultos, com companheira, com escolaridade de nível médio ou superior, cujo tabagismo se iniciou precocemente, porém sem convívio domiciliar com outros fumantes e que procuraram ajuda por indicação de profissionais de saúde ou por orientação de conhecidos. Ao conhecer o perfil da população masculina participante dos grupos, respalda a Atenção Primária no desenvolvimento de estratégias adequadas às necessidades desta população para a realização de propostas cada vez mais robustas no tratamento antitabagista.