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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE: PERCEPÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
Relatoria:
Isabelly Freitas Dias
Autores:
  • Lucimeire Aparecida da Silva
  • Fernando Ribeiro dos Santos
  • Dieniffer Wendy Monteiro Cabrelli
  • Giovana da Silva Parente
  • Juliana Dias Reis Pessalacia
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O avanço da tecnologia biomédica e seu uso desmedido, pode ocasionar condutas equivocadas perante o paciente terminal, prolongando seu processo de morrer. Neste contexto, as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs) consiste em um conjunto de desejos prévios manifestados conscientemente pelo paciente aos familiares e profissionais de saúde acerca dos cuidados e tratamentos que este deseja receber, ou não, durante um momento de impossibilidade de se expressar autonomamente. Objetivo: Analisar as publicações acerca das percepções dos profissionais de enfermagem sobre DAVs. Metodologia: Revisão Integrativa da Literatura com a questão norteadora: Quais são as percepções do profissional de enfermagem acerca das DAVs? Foram realizadas buscas combinadas nas bases SciELO e Medline, com os descritores diretivas antecipadas AND autonomia pessoal AND enfermagem. Incluíram-se artigos publicados entre 2015 e 2018, na língua portuguesa e inglesa, relacionados à temática proposta. Excluíram-se teses, dissertações, artigos duplicados e que não respondiam à questão norteadora. Após a análise dos resumos, foram identificados 9 artigos. Resultados: Foram identificadas três categorias temáticas: ‘conflitos éticos e legais na tomada de decisão’, foi a que apresentou o maior número de estudos (72%); seguida da categoria: ‘quebra de tabus sobre a morte’ com 5 (45%) estudos; já a categoria: ‘respeito à dignidade e autonomia’ apresentou 4 estudos (36%). A maioria dos enfermeiros mostraram-se favoráveis às DAVs, reconhecendo estas como importantes instrumentos para garantir o respeito à dignidade e a autonomia dos pacientes, e na redução dos conflitos éticos e legais na tomada de decisão sobre tratamentos e terapêuticas no fim da vida. Verificou-se a necessidade de mudanças culturais, principalmente quanto ao tabu em relação a morte, e da existência de legislações, para que estas garantam a implementação das DAVs. Conclusão: Constatou-se que DAVs ainda são pouco discutidas na literatura científica e que há pouco conhecimento dos profissionais enfermeiros sobre o assunto. Destaca-se a necessidade da realização de novos estudos sobre a temática, assim como a promoção de capacitações a estes profissionais.