INTRODUÇÃO: Embora a ingestão de bebida alcoólica seja um comportamento social e rotineiro no Brasil, seu uso está relacionado com a deterioração das relações sociais, agravos de doenças crônicas não transmissíveis, dependência química e os crescentes índices de acidente de trânsito e violência. De forma indiscutível, o álcool gera vítima muitas vezes não envolvida com o uso, e o seu impacto afeta todo o contexto social, configurando-se como um grave problema de saúde pública com grande prevalência na atualidade. OBJETIVOS: Relatar os desafios da equipe de emergência no manejo de vítimas de trauma induzido por uso de álcool. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico de abordagem qualitativa, realizado no período de 13 de maio a 20 de junho de 2019. Fizeram-se buscas no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os seguintes descritores: Acidentes AND Uso de álcool, obtendo 1.480 artigos. Com os seguintes filtros: Base de dados nacionais e português restaram 19 artigos, selecionando 5 mais similar a temática. RESULTADOS: Os acidentes induzidos por uso de álcool configuram-se como desafios enfrentado por profissionais que atuam na atenção pré-hospitalar. Tendo em vista que a equipe é inserida em cenários precários, a necessidade de analisar a cinemática do trauma alinhada com intervenções rápidas, constituem-se como premissa no atendimento emergencial. Na busca dos artigos, foi evidenciado diversos fatores que atuam como barreiras no atendimento dessas vítimas como por exemplo: a violência ocasionada pelo acidente de trânsito, o deslocamento em locais de difícil acesso, condição clinica diversificada das vítimas envolvidas, pacientes politraumatizados, tenção emocional da equipe de urgência e emergência, estresse/ansiedade, exposição a riscos psicossociais, risco biológico e físicos, privação do sono, alimentação e descanso, fatores externos e intempéries relacionados ao ambiente e ao paciente. CONCLUSÃO: Observa-se que os acidentes de trânsito ocasionados por uso de álcool, exercem forte influência na dinâmica do trabalho dos profissionais do serviço de urgência e emergência. Por isso, ratifica-se por meio desse estudo, a necessidade de dar maior visibilidade as condições dificultam a assistência dos profissionais do serviço de APH. Levando em consideração sobretudo, os fatores estressantes inerentes a essa assistência e a condição clinico patológico apresentando pelas vítimas envolvidas no trauma.