O cuidado pré-natal de qualidade é capaz de reduzir significativamente a morbidade e mortalidade tanto materna quanto neonatal. É nesse contexto que as enfermeiras encontram-se inseridas, acompanhando as mulheres no pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde. Os objetivos desse estudo é estimar a prevalência da adequação pré-natal, geral e da maioria das consultas realizadas pela enfermeira; e, verificar a associação da autoavaliação do estado de saúde e a adequação do pré-natal da enfermeira. Trata-se de um estudo transversal de base populacional realizado a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em 2013. A amostra foi constituída por todas as mulheres que realizaram o pré-natal no Brasil. O índice de adequação foi padronizado com base no escore z e categorizado em três níveis: a) inadequado (<-1dp), b) intermediário (-1 dp à +1dp) e, c) adequado (>+1dp). Utilizou-se modelo multinomial, sendo calculada a odds ratio (OR) bruta e ajustada e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Os resultados apontam bons indicadores de utilização do cuidado pré-natal prestado pela enfermeira. Além disso, houve maior concentração de mulheres na categoria de pré-natal intermediário (73,04%), seguidas das que tiveram um cuidado inadequado (16,15%) e menor prevalência de pré-natal adequado (10,80%). Não houve associação entre a autoavaliação do estado de saúde e a adequação no pré-natal. A utilização do pré-natal adequado foi maior quando esse cuidado foi realizado pela enfermeira, em comparação aos mesmos critérios analisados sem fazer distinção do profissional que atendeu na maioria das consultas. Logo, o cuidado realizado pela enfermeira no pré-natal contribui na redução de morbidade e mortalidade. O estudo contribuiu na elucidação do cuidado de enfermagem e revelou resultados sensíveis de enfermagem na atenção pré-natal no Brasil.