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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
MORTALIDADE EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL POR NEOPLASIA DE PELE NO BRASIL, 2006-2016
Relatoria:
Mariany dos Santos Vergílio
Autores:
  • Jéssica dos Santos Pini
  • William Augusto de Melo
  • Patrícia Louise Varela
  • Felippe Perrotta Harkot Richetti
  • Lorena Honório Torres
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As doenças dermatológicas estão entre os principais motivos de busca por atendimento ambulatorial e causa considerável impacto no contexto global de saúde. As mulheres são constantemente acometidas por doenças dermatológicas principalmente em idade fértil. O trabalho objetiva analisar o perfil de mortalidade em mulheres em idade fértil por neoplasias de pele no Brasil de 2006 – 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico de série temporal, transversal, analítico e retrospectivo. Os dados dos óbitos de mulheres em idade fértil foram coletados no sistema “TABNET” do DATASUS, utilizando o capítulo II (neoplasias) e grupo “Melanoma e outras(os) neoplasias malignas da pele” do CID-10, suas categorias e período de 2006 a 2016 como filtros. Os dados coletados foram organizados em tabelas e analisados por meio de frequência absoluta e porcentual. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética sob o parecer 2.588.171/ 2018. Observou-se que, no Brasil, em 10 anos, ocorreram 2.115 óbitos em mulheres em idade fértil por melanoma e outras neoplasias de pele. Dentre estes, 1.524 óbitos (72,1%) foram por melanoma maligno de pele e 591 (27,9%) por outras neoplasias malignas de pele. O melanoma de pele, segundo Guidetti (2016), tem crescido de forma alarmante no Brasil, sendo o tipo mais perigoso de câncer de pele e a principal causa de morte entre essas doenças. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2019) é de que 3.340 novos casos de melanoma ocorreram no ano 2018 em mulheres, no Brasil, com ocorrência de 792 óbitos na população feminina, no ano de 2015. O Sudeste foi a região que mais teve casos de óbitos em mulheres em idade fértil por neoplasias malignas de pele (844 óbitos - 39,9%), tanto por melanoma (622 - 40,8%) quanto por outras neoplasias malignas de pele (222 - 37,5%). Para os melanomas, a região Sul ficou em segundo lugar em ocorrência (566 - 37,1%); já para as outras neoplasias de pele, a região Nordeste ocupou esta posição (200 - 33,8%). Segundo Guinar Azevedo e Silva Mendonça (1992) há uma incidência maior destes agravos na região Sudeste e Sul do Brasil por haver predomínio da população de pele branca, com maior risco de desenvolver neoplasias, decorrente da concentração de imigrantes da América Central. É necessário a prevenção e diagnóstico precoce para diminuir a ocorrência de neoplasias de pele, com orientações sobre os riscos do efeito cumulativo de exposição aos raios solares e meios de diminui-la, bem como procurar atendimento médico.