Os comportamentos saudáveis relacionados à higiene corporal contribuem com a prevenção de doenças infecciosas e promoção da qualidade de vida das pessoas. As escolas são espaços imprescindíveis para se identificar e trabalhar essas necessidades e, assim contribuir positivamente com a saúde dos escolares. Frente a isso, objetivou-se avaliar os hábitos de higiene corporal em escolares de uma capital do nordeste brasileiro. Utilizou-se a pesquisa avaliativa com enfoque na comparação. Os dados foram obtidos a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas edições de 2012 e 2015 mediante as variáveis relacionadas a higiene corporal: nunca ou raramente lavaram as mãos antes de comer, nunca ou raramente lavaram as mãos após usar o banheiro ou o vaso sanitário e nunca ou raramente usaram sabão/sabonete quando lavaram as mãos. Os dados foram obtidos pela resposta de escolares do 9º ano do ensino fundamental e são apresentados em valores percentuais estimados e seus intervalos de confiança a 95% em valores totais e por sexo. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa aprovou as pesquisas mediante os pareceres 16.805/2012 e 1.006.467/2015. O dados mostram que 10.311 [IC 95%: 9.601-11.020] em 2012 e 10.063 [IC 95%: 9.213-10.914] em 2015. Quanto ao sexo, em 2012 participaram 4.813 [IC 95%: 4.355-5.272] escolares do sexo masculino e 5.497 [IC 95%: 4.974-6.020] do sexo feminino, já em 2015 foram 4.964 [IC 95%: 4.522-5.405] do sexo masculino e 5.100 [IC 95%: 4.548-5.651] do feminino. Quando analisadas as variáveis elegidas, identificou-se que os estudantes que nunca ou raramente lavaram as mãos antes de comer decresceu de 2012, com 18,6 [IC 95%: 16,9-20,4], para 2015, com 14,7 [IC 95%: 13,2-16,1]. Em 2012, 11,6 [IC 95%: 10,3-13,0] e em 2015, 8,1 [IC 95%: 6,7-9,4] afirmaram nunca ou raramente ter lavado as mãos após usar o banheiro ou o vaso sanitário. Já com relação a usaram sabão/sabonete quando lavaram as mãos 8,9 [IC 95%: 7,5-10,4] que nunca ou raramente o fizeram em 2012 e 8,1 [IC 95%: 6,9-9,3] em 2015. Os estudantes apresentaram melhor condição de higiene pessoal na avaliação realizada entre os anos avaliados. Apesar disso, essas situações podem contribuir com a transmissão de doenças infecciosas nas escolas. Sugere-se então que ações sobre essas temáticas sejam realizadas nas escolas para incentivar com hábitos de higiene reconhecidos por esse público como imprescindíveis na redução de doenças infecciosas.