INTRODUÇÃO: Um importante desafio para o Sistema Único de Saúde é o alcance das populações, dentre elas, as comunidades ribeirinhas, muito expressivas na região amazônica1. Os ribeirinhos são povos que vivem nas beiras dos rios, e enfrentam dificuldades relacionadas à precariedade de ações das políticas públicas, incluindo a falta de acesso aos serviços de educação e saúde2. O Programa Luz na Amazônia consiste em uma parceria entre a Universidade Federal do Pará e a Sociedade Bíblica do Brasil, onde há o atendimento a população ribeirinha, a fim de suprir a necessidade de auxílio clínico, laboratorial e de tratamento à essa população, visando diminuir a incidência e prevalência de doenças, através de ações coletivas e voluntárias de vários profissionais da saúde. OBJETIVOS: Relatar a experiência da vivência de residentes em enfermagem, no projeto intitulado “Rio acima, rio abaixo: a enfermagem cuidando da pressão arterial e da glicemia dos ribeirinhos da Amazônia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciada no projeto de extensão, em uma comunidade ribeirinha, no primeiro semestre de 2019. As atividades ocorreram em um barco-hospital, com vários profissionais da saúde, dentre eles, residentes de enfermagem, atuando mais efetivamente nas consultas de enfermagem, educação em saúde e coleta de material para o exame Preventivo do Câncer do Colo do Útero (PCCU). Esta prática foi instituída neste ano, com a inserção dos residentes do Programa de Residência Multiprofissional Atenção à Clínica Integrada, sob a supervisão da docente coordenadora do referido projeto. RESULTADOS: A participação neste projeto permitiu aos residentes, desenvolver conhecimentos referentes à pesquisa, à assistência e à extensão, proporcionando um olhar crítico e reflexivo sobre as diversas formas do cuidado à população ribeirinha, viando o modelo de atenção à saúde, proposto na Lei 8080/90, na qual os enfermeiros contribuem de forma significativa para o alcance dos objetivos dispostos nesta Lei. CONCLUSÃO: A experiência nos possibilitou agregar o discurso acadêmico à prática profissional, despertando a “sensibilidade”, pois devido a singularidade da população ribeirinha devemos nos apropriar de todos os recursos que possam potencializar o comprometimento com a melhoria da qualidade do cuidado.