A Estratégia Multimodal da Organização Mundial da Saúde visa melhorar a adesão à higiene das mãos (HM) nos ambientes de assistência à saúde. Essa estratégia é constituída por cinco componentes-chave, dentre eles, o clima de segurança institucional, que destaca a importância do empoderamento do paciente no aumento dessa prática pelos profissionais de saúde e na prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Objetivou-se analisar a produção bibliográfica sobre as estratégias utilizadas para o envolvimento do paciente na adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados eletrônicas Medline, Lilacs, Cinahl, Wos e Scopus, por meio dos DeCS, utilizando operadores booleanos “AND e OR”. Como critério de inclusão estabeleceu-se: artigos científicos no idioma inglês, espanhol ou português, no período de 2009 a 2019, classificados segundo nível de evidência II e III; que utilizaram uma intervenção para melhorar a adesão à HM pelos profissionais de saúde, incluindo a participação do paciente. Para nortear o estudo foi elaborada a questão de pesquisa: quais estratégias estão sendo utilizadas para envolver o paciente na adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde?. Foram recuperados um total de 4.857 artigos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, a amostra final ficou composta por 13 artigos. As publicações conceituam o paciente como elemento de grande importância para melhorar a adesão à HM e sujeito ativo da sua própria segurança, porém, verificam algumas limitações que dificultam sua atuação, como o fato de acreditarem que seu envolvimento pode prejudicar o relacionamento com a equipe assistencial e a concepção de receptores passivos dos cuidados. Algumas estratégias envolvendo o paciente podem aumentar a adesão à HM, tais como: educação em saúde com pacientes e profissionais de saúde, lembretes visuais e verbais sobre à HM e feedback dos pacientes. Conclui-se que o envolvimento do paciente neste processo ainda é incipiente. Recomenda-se o desenvolvimento de pesquisas futuras relacionada a essa temática, para promover a participação dos pacientes, seu empoderamento e autonomia como parte da estratégia de prevenção das IRAS.