Os protocolos assistenciais dizem respeito à descrição minuciosa de linhas de cuidado especificas, integrando na sua estrutura as normas, rotinas e procedimentos relativos ao problema/condição de saúde determinada. Objetivo: teve como proposta o desenvolvimento de um protocolo sobre preservação de vestígios forenses nos serviços de urgência e emergência intra-hospitalar pelos profissionais de saúde. Métodos: trata-se de um estudo metodológico que surgiu após uma pesquisa de campo realizada em um hospital do trauma de referência do estado de Sergipe, com a finalidade de conhecer a executabilidade e conhecimento das equipes de saúde sobre a preservação de vestígios forenses durante o atendimento à vítima de violência, e, uma das fragilidades apontadas no estudo foi a falta de protocolo institucional. Resultados: o protocolo visa orientar as práticas das equipes de saúde na preservação dos vestígios forenses em vítimas de violência, evitando a contaminação e o descarte de materiais de interesse forense. Para a elaboração do protocolo realizou-se primeiramente o levantamento de problemas e necessidades tanto da população do estudo quanto da gestão do serviço considerando a magnitude, transcendência, vulnerabilidade, efeitos e determinantes. Após a caracterização do problema, procedeu-se com a revisão de literatura em busca de evidências científicas que respaldassem as ações do protocolo. O mesmo está dividido em quatro capítulos: o primeiro aborda os conceitos forenses sobre vestígios; o segundo pontua as orientações sobre o registro de informações durante o atendimento a vítima de violência; o terceiro traz os procedimentos de preservação específicos para violência sexual, por arma de fogo e arma branca, intoxicação exógena e asfixia, e o quarto, as sugestões de um fluxograma para promoção de um diálogo intersetorial, entre o serviço de saúde e a polícia científica. Conclusões: O protocolo de preservação de vestígios forenses para os serviços de saúde possui um conjunto de diretrizes que permitirão direcionar as ações dos profissionais de saúde durante o atendimento às vítimas de violência no que tange às evidências forenses, contribuindo com ajustiça na elucidação dos casos.