Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
Indicadores de identificação do paciente em hospital secundário
Relatoria:
Lorena Maria de Moura Carvalho
Autores:
- Patrick Schneider
- Elisângela Aparecida Cardador
- Mariana Angela Rossaneis
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde criou em 2004 a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, cujo objetivo é propor medidas para reduzir riscos e eventos adversos decorrentes da assistência à saúde. Dentre essas medidas, foi proposta as Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, sendo a primeira “identificação correta”. No Brasil, as metas de segurança foram regulamentadas pela Portaria nº 529/2013 (Programa Nacional de Segurança do Paciente). A identificação correta do paciente é uma das metas com alto impacto no serviço pela magnitude que os eventos adversos podem gerar. Ela assegura que o cuidado está sendo prestado à pessoa para o qual se destina, prevenindo procedimentos, diagnóstico e tratamento que possam lhe causar dano. OBJETIVO: Descrever as taxas de adesão do protocolo de identificação do paciente em um hospital secundário do norte do Paraná. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo, realizado em hospital público, secundário, localizado no norte do Paraná, com capacidade instalada de 117 leitos operacionais. A coleta de dados obedeceu ao cronograma pré-estabelecido, sendo operacionalizada por meio de rondas quinzenais nas unidades assistenciais da instituição. Adotou-se como critério para adesão ao protocolo a presença de pulseira de identificação íntegra e placa de identificação no leito, com meta de adesão de 99% para todas as unidades. O período de análise refere-se ao segundo semestre de 2018. RESULTADOS: A taxa semestral de adesão ao protocolo de identificação do paciente foi de 58,6%, com mínimo de 54,6 no mês de agosto e máximo de 64,8% no mês de dezembro. As unidades com as melhores taxas de adesão foram Pronto Socorro (60,02%) e Unidade de Internação Cirúrgica (59,89%). A Unidade de Pediatria apresentou a menor taxa de adesão entre os serviços avaliados (34,39%). A observação não participante do processo demonstrou que os principais fatores intervenientes para adesão ao protocolo é a fragilidade em trocar pulseiras danificadas ou imprimir novas em caso de extravio. Embora o indicador demonstre dificuldade na operacionalização do protocolo, todos os pacientes apresentavam ao menos uma das identificações preconizadas. CONCLUSÃO: É evidente a necessidade em estabelecer medidas de intervenção como estratégia para estimulo à cultura de segurança do paciente, fomentando a participação coletiva para alcance das metas e melhoria da qualidade da assistência.