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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
GOVERNANÇA CLÍNICA E ADESÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM A BOAS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA
Relatoria:
Mariene Araujo Marques Costa
Autores:
  • Ellorysandra Michelly Silva Cesario
  • Mara Regina Rosa Ribeiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Este estudo apresenta um relato de experiência de ação educativa, ancorado no referencial da governança clínica, cuja polissemia, consiste em modelo de gestão que articula atenção, gestão e educação, objetivando a transformação das práticas de saúde, de modo a garantir a melhoria contínua da qualidade do cuidado. A problemática identificada consistiu na não adesão dos profissionais de enfermagem às práticas de biossegurança. Objetivou-se sensibilizar a equipe de enfermagem para adesão às boas práticas de biossegurança. Método: Adotou-se a perspectiva qualitativa de abordagem do fenômeno, por ser a que melhor se coaduna com o referencial adotado. Desenvolveu-se em uma unidade de pronto atendimento no município de Cuiabá, com a equipe de enfermagem. A ação consistiu na adoção das seguintes estratégias: produção de folder; seleção de vídeo educativo sobre medidas de biossegurança, demonstração prática da técnica de higiene das mãos, e roda de conversa. Resultados: Os profissionais mostraram-se resistentes, alegando que já tinham conhecimento do assunto. Quando solicitado que realizassem a técnica de lavagem das mãos nenhum realizou a técnica de forma correta, e disseram não se lembrarem. Os participantes referiram o não uso dos equipamentos de segurança pela falta de materiais essenciais como álcool 70%, sabão antisséptico, algodão, luvas de procedimentos, embalagens de perfurocortantes e água, além da falta de tempo devido à sobrecarga de trabalho, ao final os participantes receberam junto ao folder, um chocolate. Após uma semana retornou-se ao cenário, e foi evidenciado que a equipe não aderiu às boas práticas de biossegurança. Discussão: A ação não foi eficaz na promoção da mudança de comportamento almejada, sendo que a perspectiva de educação proposta pela governança clínica envolve processos contínuos de educação e associa-se aos princípios da Educação Permanente em Saúde. Destaca-se a necessidade do protagonismo do enfermeiro na liderança da equipe, de modo a oportunizar espaços de problematização e alternativas de solução dos problemas do cotidiano do trabalho. Considerações Finais: As ações educativas articuladas à atenção e gestão, precisam ocorrer continuamente, sob a liderança do enfermeiro. Ações educativas realizadas de forma pontual têm pouco impacto na mudança de comportamentos e da cultura compartilhada pelos profissionais, de modo que não podem ser assumidas por atores que permanecem nos ambientes por curtos períodos de tempo.