A conquista da interdisciplinaridade e articulação entre ensino, pesquisa e extensão representa de fato um dos maiores desafios das universidades brasileiras, no entanto mesmo reconhecendo esta conquista evidencia-se a priorização do ensino e da pesquisa, diante das atividades de extensão sendo estas indispensáveis para o processo formativo profissional. Diante do exposto, objetiva-se neste relatar a experiência da participação de acadêmicos de enfermagem no Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde ( NUPICS) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, um núcleo de extensão que atua com projetos para comunidade acadêmica e comunidade externa, realizando atendimentos em práticas integrativas como reiki, auriculoterapia, meditação, tai chi chuan, yoga, massoterapia, ventosaterapia, shantala entre outros de forma gratuita em seu ambulatório integrativo situado na Faculdade de Enfermagem, bem como com ações itinerantes em escolas, campus, praças bem como em outros espaços de convivência. Importante referir que o NUPICS também atua com projetos como espaço meditativo e pronto socorro energético enfocando a importância do cuidado humanescente em saúde. Neste sentido afirma-se que a extensão é um desafio presente, deriva de demandas por mudanças necessárias acerca da função da Universidade ,devendo ser compreendida como uma resposta a demandas sociais por uma Universidade socialmente responsável, que dialogue e se aproxime de forma mais ativa com os diversos setores da sociedade. Neste sentido podemos referir e relacionar esta proximidade ativa com o olhar holístico, do todo, do exercício da empatia assim as práticas integrativas emergem de diálogos mundiais, da luta pela mudança da cultura do cuidado, da importância da compreensão do conceito ampliado de saúde e de uma formação mais humanescente. Como caminho de consolidação de responsabilidade e compromisso social e como dimensão intrínseca da formação acadêmica, o NUPICS quanto núcleo extensionista atua na formação de forma transversal nas disciplinas dispostas na estrutura curricular do curso de enfermagem, articulando assim ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social e cidadania, reafirmando a indispensabilidade da extensão universitária por um novo olhar formativo vislumbrando a integralidade e uma nova cultura do cuidado.