Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CASOS DE LEISHMAIOSE VICERAL NOTIFICADOS DE 2013 A 2017 EM FORTALEZA, CEARÁ
Relatoria:
FRANCISCO CLAUDEMIR RODRIGUES XIMENES
Autores:
- Maria Vitalina Alves de Sousa
- Lyrlanda Maria Cavalcante de Almeida
- Marcos Pires Campos
- Maria Yanca Pereira Martins
- Welson Wesley da Costa Silva
- Michelle Bispo
- Roberta Lomonte Lemos de Brito
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma Zoonose conhecida como calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun, causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, que apresenta em seu ciclo evolutivo as formas: amastigota (parasito intracelular obrigatório em mamíferos) e promastigota (que está presente no tubo digestório de flebotomíneos transmissores conhecido popularmente como mosquito palha). Apresenta evolução crônica, com acometimento sistêmico que se não for tratada, pode culminar em óbito. É transmitida ao ser humano ou para os animais. No Brasil, a transmissão ocorre principalmente por picada de fêmeas de Lutzomyia longipalpis infectadas com o protozoário (SINAN, 2019). OBJETIVO: Descrever a descrever a ocorrência de casos de LV notificados de 2013 a 2017 em Fortaleza, Ceará. MÉTODOS: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo e quantitativo, com base em dados secundários, nos quais as informações sobre os casos de LV notificados em Fortaleza, Ceará, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, foram recuperadas no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados são de domínio público, desta forma não foi necessária à submissão do estudo a Comitê de Ética em Pesquisa ou Comissão Cientifica Local, de acordo com Resolução n° 510 de 2016 do Conselho Nacional de Saúde. As variáveis estudadas foram: ano, sexo e tipo de entrada. RESULTADOS: No período estudado foram notificados 1.097 casos de LV em Fortaleza, Ceará, sendo 24% (265/1.097) no ano 2013, 24% (261/1.097) em 2014, 23% (247/1.097) em 2015, 15% (169/1.097) em 2016 e 14% (155/1.097) em 2017. O sexo masculino teve 73% (805/1.097) e o feminino 27% (292/1.097). Segundo o tipo de entrada, 2% (12/1.097) foi por transferência, 2% (20/1.097) foram ignorados ou em branco, 6% (72/1.097) por recidiva e 90% (993/1.097) eram casos novos. CONCLUSÃO: Os casos LV em Fortaleza, Ceará, foram notificados em todos os anos estudados, mantendo-se quase que constantes durante o período da pesquisa. A faixa etária com mais casos foi a de 20 a 59 anos de idade, que refere-se a população economicamente ativa, sugerindo que podem ter sido ocasionados esses casos \em ambientes de trabalho, nos quais as pessoas podem ter contato a matas, como agricultores, pessoas envolvidas com a construção civil em ambientes ainda inabitados entre outras atividades ocupacionais e de lazer. Devem ser reforçadas as ações de educação em saúde a população sobre transmissão e prevenção.