Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CASOS DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM GUARACIABA DO NORTE - CEARÁ: FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Relatoria:
FRANCISCO CLAUDEMIR RODRIGUES XIMENES
Autores:
- Maria Vitalina Alves de Sousa
- Lyrlanda Maria Cavalcante de Almeida
- Domennique Miranda Vasconcelos
- Maria Yanca Pereira Martins
- Welson Wesley da Costa Silva
- Roberta Lomonte Lemos de Brito
- Michelle Bispo
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Animais peçonhentos são aqueles que produzem algum veneno e possuem peçonha para injetá-lo na sua presa ou predador. Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, entre outros. Os acidentes por animais peçonhentos, principalmente os acidentes ofídicos foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das doenças tropicais negligenciadas (OMS, 2019). OBJETIVO: Conhecer a ocorrência de casos de acidentes por animais peçonhentos notificados em Quixadá, Ceará, no período de 2013 a 2017, como ferramenta para a educação na saúde. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, nos quais os casos de acidente por animais peçonhentos notificados em Guaraciaba do Norte, CE, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, foram coletadas no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os dados são de domínio público, desta forma não foi necessária à submissão do estudo em Comitê de Ética em Pesquisa ou Comissão Científica Local de acordo com Resolução n° 510 de 2016 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Foram notificados no período estudado 58 casos de acidentes por animais peçonhentos em Guaraciaba do Norte, CE, sendo 29% (17/58) no ano 2013, 21% (12/58) em 2014, 19% (11/58) em 2015, 10% (6/58) em 2016 e 21% (12/58) em 2017. De acordo com sexo, 74% (43/58) dos casos ocorreram no masculino e 26% (15/58) no feminino. De acordo com tempo de picada e atendimento, 63% (36/58) foram atendidos de zero a uma hora, 19% (11/58) de uma a três horas, 3% (2/58) de três a seis horas, 3% (2/58) de seis a 12 horas, 2% (1/58) de 12 a 24 horas, 3% (2/58) de 24 a mais horas e 7% (4/58) não foram informados. De acordo com a evolução do caso 7% (4/58) foram ignorados ou brancos, e 93% (54/58) para cura. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas e usar telas em ralos do chão, pias ou tanques, usar botas de cano alto. CONCLUSÃO: A maioria ocorreu no sexo masculino, indicando provavelmente que os acidentes podem estar associados à ocupação e o atendimento de zero a três horas após a picada proporcionou a elevada taxa de cura observada no município. Nota-se assim que a educação em saúde é fundamental para o conhecimento e implantação de medidas de prevenção e controle, bem como para um adequado seguimento dos casos, possibilitando seu atendimento em tempo hábil e melhorando o prognósticos.