As doenças cardiovasculares (DCV) constituem um grave problema de saúde pública no Brasil e no Mundo, sendo a principal causa de morte mundial, responsáveis por aproximadamente 16 milhões de óbitos a cada ano e representam os mais altos custos em assistência médica de acordo com Organização Mundial de Saúde (2002). Os especialistas concordam que as doenças cardiovasculares são multifatoriais em sua origem, resultante dos chamados fatores de risco. Uma vez que tais fatores de risco são entendidos como fatores causais, o monitoramento deles ajuda na identificação de sinais que, e se modificados, podem atenuar ou até reverter à evolução destas doenças (GUEDES, 2001). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2013), a epidemiologia das DCV tem o mesmo comportamento neste início de século que tinham as grandes endemias dos séculos passados. Isto se legitima, pois somente nas últimas décadas das 50 milhões de mortes no mundo, as DCV foram responsáveis por 30% delas. Esse grupo de doenças constitui várias patologias que envolvem o coração e os vasos sanguíneos e, geralmente, é ocasionado pelo processo de aterosclerose em artéria coronariana (doença coronariana; doença isquêmica cardíaca, angina, infarto agudo do miocárdio), cerebral (doença cerebrovascular, acidente vascular encefálico ou cerebral), de vasos periféricos e outras como a hipertensão arterial sistêmica (HAS) (BRASIL, 2006). O objetivo foi investigar o risco cardiovascular para evento coronariano agudo de acordo com o escore de Framingham e fatores associados, em funcionários de uma instituição de ensino do interior de São Paulo. Tratou-se de um estudo analítico, observacional transversal. A pesquisa foi aplicada na Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), localizada na Av. Getúlio Vargas, 1200; Vila Nova Santana; Assis – SP. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário adaptado do estudo da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas VIGITEL, que contem blocos com perguntas sobre variáveis sócio demográficas, tabagismo, atividade física, consumo de bebida alcoólica e percepção da saúde, dentre outros (BRASIL, 2009). Foram analisados 33 funcionários dos 58 existentes na instituição de ensino, exceto professores, correspondendo 53% da amostra total. Para os riscos de adquirir doenças coronarianas em 10 anos, considerando o Escore de Framingham, 94% dos funcionários apresentam risco baixo e 6 % estão na escala de risco médio a alto.