Introdução: Observa-se que, ao longo dos tempos, o número de doações tem aumentado, ainda que sem redução da lista de espera, cabendo reflexão acerca das causas que dificultam esse processo. Assim, vale considerar a importância da atuação profissional no que diz respeito à abordagem dos indivíduos ao se relatar sobre a temática doação de órgãos. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o profissional que desenvolve ações que buscam a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à Unidade Básica de Saúde. Dentre suas funções, desenvolver ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, disseminando conhecimento diversos que envolvem o âmbito da saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma discente de graduação durante a capacitação sobre doação de órgãos e tecidos para Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma discente de graduação do curso de Enfermagem durante a capacitação para ACS de 2 equipes Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre doação de órgãos e tecidos em uma Unidade Básica de saúde (UBS) do noroeste do estado do Paraná. Resultados: Na capacitação foram abordados todos os aspectos que envolvem a temática doação de órgãos e tecidos, desde a importância em se declarar doador até o processo para se consolidar a doação, durante a exposição do assunto pude perceber que por mais que esses funcionários estejam inseridos na rede de saúde, o conhecimento deles eram escassos, tomados de muitos mitos e tabus que culturalmente envolvem este ato, por isso, foi ressaltado que é preciso conhecer e falar sobre doação de órgãos e tecidos para que cada vez mais vidas possam ser salvas. Conclusão: Após a capacitação, com o feedback realizado por eles, percebi que consegui sensibilizar estes profissionais e fornecer subsídios para que os mesmos conscientizem a população de sua área. Assim, posso afirmar que ainda é relevante investir na educação contínua dos trabalhadores de enfermagem e demais profissionais envolvidos, conscientizando-os do importante papel que desempenham no processo de doação, sobretudo na diminuição das fragilidades gerenciais e no apoio às famílias na decisão autônoma e com conhecimento acerca da doação de órgãos.