Introdução: Com o aumento da expectativa de vida cresce também a prevalência de doenças crônicas, entre elas as neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer (DA), esta se destaca como a demência mais incidente na população idosa. A autonomia esvai-se gradualmente e aqueles que realizam cuidados formais ou informais acabam por assumir precocemente o protagonismo do outro. Objetivo: Tem-se como objetivo abordar as questões de comportamento vivenciadas por cuidadores familiares de pacientes com DA, em especial homens cuidadores familiares o que gera grande conflito no comportamento e atitudes do cuidador, fato este assistido dentro do projeto de extensão e pesquisa reviver. Método: Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência. O projeto de pesquisa e extensão reviver é realizado na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), atende pessoas que possuem DA e/ou Doença de Parkinson (DP) e aos cuidadores dessas pessoas. A equipe de Enfermagem realiza educação em saúde e instruções aos cuidadores dos pacientes, a cada encontro o grupo planeja atividades a fim de proporcionar bem-estar e preparar esses cuidadores a prestar uma assistência de forma mais eficaz, respeitando princípios de autonomia e equidade dos que recebem cuidados. Resultados: Durante as atividades realizadas no grupo, foi observado três pessoas do sexo masculino prestando cuidados às suas mães, que possuem DA. O cuidado prestado pelos mesmos se dá pelo fato de não ter condições financeiras para contratar uma cuidadora formal ou não confiar neste tipo de atendimento, ou ainda pelo fato de ser filho único e ter que assumir essa responsabilidade, é observado nos relatos feitos pelos cuidadores por meio da roda de conversa que devido à perda de identidade e fatores incapacitantes ocasionados pela doença, os filhos acabaram assumindo o papel de pai das próprias mães, havendo assim uma troca de identidade não esperada. Prestar esse cuidado torna-se uma tarefa árdua e ao mesmo tempo eles se veem pressionados a passarem por cima da privacidade da portadora da DA, tendo em vista que pela falta de uma pessoa do mesmo sexo eles acabam fazendo serviços básicos de higiene pessoal como, por exemplo, levar ao banheiro e dar banho. Conclusão: Destarte, é um assunto pouco debatido e que precisa de mais ênfase no dia a dia, principalmente porque causa desordem emocional e biopsicossocial no âmbito do seio familiar trazendo transtornos para o binômio cuidador-familiar.