LogoCofen
Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA REGIÃO SUL E ESTADOS: UMA ANÁLISE ECOLÓGICA DOS ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS
Relatoria:
Pedro Henrique Desidério da Silva
Autores:
  • Antonio da Silva Ribeiro
  • André Luis Pinheiro Junior
  • Joyce de Lima Vasconcellos de Santana Ribeiro
  • Caroline Moraes Soares Motta de Carvalho
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência contra a mulher e suas repercussões constituem um problema de saúde pública, por atentar contra seus direitos e suas vidas. A violência doméstica engloba todas as classes sociais, raças e culturas, impactando nas diversas áreas da vida da mulher, conferindo-lhes uma maior vulnerabilidade. Em decorrência disso salienta-se que o entendimento de violência não se reduz apenas à integridade física, mas também ao tormento moral e psicológico. Identificar o perfil sociodemográfico da violência doméstica (física, psicológica e sexual) contra a mulher na região Sul e estados. Pesquisa epidemiológica de abordagem ecológica, com coleta de dados realizada por meio de informações contidas na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), buscando-se averiguar as variáveis sociodemográficas idade, escolaridade e raça relacionadas à violência doméstica contra a mulher, na região Sul e seus estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no quadriênio 2014-2017. Após a análise dos dados observou-se um aumento da violência doméstica na região, com predomínio da violência física (74%), seguida da psicológica (16%) e sexual (10%). Paraná obteve o maior número de registros (43,6%) e Santa Catarina o menor (20,15%), verificando-se então a predominância de mulheres analfabetas ou com ensino fundamental incompleto (37,1%) e da raça branca (74,9%), no entanto mulheres pardas e negras obtiveram aumento das violências sexual (22,5%) e psicológica (16,3%). Em relação ao quesito idade este expressou-se singularmente diante de cada tipo de violência, apresentando-se assim, respectivamente: de 20-29 anos violência física (43,3%), de 30-39 anos violência psicológica (47,5%) e de 15-19 anos violência sexual (55%). Diante aos dados averiguados, destaca-se o predomínio das violências contra mulheres com baixo grau de instrução, bem como tipos de violências definidos por idade e cor de pele. As evidências apontam Santa Catarina com a menor incidência de violência contra a mulher, enquanto Paraná registra o maior número de casos. O que nos inclina à real necessidade de investimento em políticas de inclusão e acesso aos direitos, para subsidiar as ações de enfermagem às mulheres vítimas de violência, direcionando a atenção aos grupos etários dentro dos tipos de violências prevalecentes destes, concomitante à conscientização da população, à fim de minimizar as desigualdades sociais e combater este problema de saúde pública.