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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
PRÁTICAS ALIMENTARES DE FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Relatoria:
AMANDA LOUYSE SCHUERTZ
Autores:
  • Carla Aparecida Loos
  • Érika Tatiane de Almeida Fernandes Rodrigues
  • Maria Adelane Monteiro da Silva
  • Mariana Borba Ribeiro
  • Samea Marine Pimentel Verga
  • Verônica de Azevedo Mazza
  • Victoria Beatriz Trevisan Nobrega Martins Ruthes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome comportamental. Constituída por déficits persistentes na comunicação e na interação social em contextos variados, associados à presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Quando o diagnóstico é concluído tornam-se necessárias alterações nas práticas alimentares das famílias, por conta das importantes dificuldades apresentadas pela criança com TEA, o que leva a um aumento em sua demanda por cuidado e dependência para com a família. Portanto, objetivou-se descrever as práticas alimentares de famílias com crianças com TEA. O presente trabalho caracteriza-se como estudo de casos múltiplos com abordagem qualitativa. Trata-se de um Recorte do Projeto de Pesquisa: “Vivência de famílias constituídas com Crianças com Deficiência: Organização, Práticas e Necessidades”, CNPQ 2017/2020. A coleta de dados ocorreu de agosto de 2018 a março de 2019, por meio de entrevistas semiestruturadas. Obteve-se participação de 27 familiares de crianças com TEA, atendidas em dois serviços especializados, no município de Curitiba. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná, sob o Parecer n. 2.327.633 em 11 de outubro de 2017. A análise dos dados ocorreu por síntese cruzada dos casos. Foram identificados elementos fortalecedores e dificultadores das práticas alimentares em cinco subcategorias: convívio familiar; desenvolvimento; hábito alimentar; obstáculos para a alimentação e rotina. Em relação ao convívio familiar observam-se famílias que mantém um bom convívio e socializam com a criança e famílias que possuem dificuldade na socialização. No desenvolvimento são constatados os avanços e retrocessos do desenvolvimento infantil apresentado pela criança. Em relação ao hábito alimentar verifica-se a criança que possui bons hábitos e a criança com restrição alimentar. No que diz respeito aos obstáculos para alimentação, as crianças apresentam dificuldade em se alimentar sozinhas e dificuldade de comunicação com os pais/responsáveis. A rotina é vista como uma estratégia de cuidado, mas também uma barreira quando alterada, pois isso provoca um impacto negativo na criança com TEA. A identificação precoce desses elementos pode auxiliar na elaboração de estratégias para a realização das práticas alimentares saudáveis neste grupo.