Introdução: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2019), o câncer e seus tratamentos podem desencadear sintomas como náuseas, dor, fadiga, inapetência entre outros, os quais que necessitam de tratamento para seu controle. Objetivos: Identificar os sintomas apresentados por homens e mulheres com câncer em tratamento paliativo que estejam relacionados à doença e/ou ao tratamento oncológico; Descrever as estratégias utilizadas por pessoas com câncer em tratamento paliativo para o alívio dos sintomas da doença e/ou do tratamento oncológico. Metodologia: Trata-se de pesquisa quantitativa e qualitativa realizada em um ambulatório de oncologia na região centro sul do Paraná, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, mediante parecer número 2.588.910/2018. A coleta de dados ocorreu entre agosto de 2018 e julho de 2019, por meio de um questionário e de entrevista. Os dados quantitativos foram organizados no Excel® e analisados no SPSS® versão 22. A análise dos dados seguiu os passos da análise de conteúdo temática de Bardin (2011). Resultados: Participaram desta pesquisa 38 mulheres (59,4%) e 26 homens (40,6%). A maioria eram idosos (62,5%); brancos (54,7%); com ensino fundamental (51,6%). No tocante à doença, predominou o câncer gastrointestinal (23,4%), seguido do sistema reprodutor (20,3%) e mama (18,8%). 70,3% tinham metástase à distância. Os sintomas referidos foram: dor, fadiga, inapetência, náuseas e vômito, ansiedade, estresse, tristeza, constipação intestinal e diarreia. A partir da análise de conteúdo emergiram as categorias: “O tratamento farmacológico e não farmacológico para alívio dos sintomas” e “Em busca de alternativas para o alívio dos sintomas”. O tratamento farmacológico foi utilizado na maioria dos casos para o alívio dos sintomas, no entanto, como o alívio não foi completo, os participantes recorriam a automedicação e medidas não farmacológicas como estratégia complementar. O alívio dos sintomas exige a integração de medidas farmacológicas e não farmacológicas, além de atuação de equipe interdisciplinar capaz de cuidar do paciente na sua totalidade. Conclusão: Pessoas com câncer em tratamento paliativo requerem atuação de equipe interdisciplinar que implementem ações voltadas para satisfazer integralmente suas necessidades, aliviando os sintomas a fim de melhorar sua qualidade de vida.