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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
USO DE TECNOLOGIA ASSISTENCIAL NO GERENCIAMENTO DA HEMORRAGIA GRAVE NO TRAUMA
Relatoria:
VELMA DIAS DO NASCIMENTO
Autores:
  • Rita Neuma Dantas Cavalcante de Abreu
  • Luciana Maria de Barros Carlos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O trauma é considerado atualmente um problema de saúde pública em todo o mundo e a morbimortalidade desses pacientes permanecem substanciais. Segundo o comitê de trauma, a hemorragia é a causa mais comum de choque em pacientes politraumatizados. Nesse cenário o mais importante para o controle do choque hemorrágico é identificar e parar o sangramento. Os conceitos de abordagem ao paciente com hemorragia grave sofreram grandes mudanças nos últimos anos e reconhecer rapidamente esse paciente de risco é vital para iniciar o mais cedo possível as estratégias de controle da hemorragia e tratamento precoce da coagulopatia do trauma. Objetivou-se relatar a experiência de gerenciamento de um protocolo assistencial no manuseio da hemorragia grave no trauma, em pacientes com diagnóstico de enfermagem “Risco de Choque”. Trata-se de um relato de experiência descritivo, relacionado a atuação do profissional Enfermeiro, como líder de um protocolo assistencial, no gerenciamento e manuseio da hemorragia grave (visível ou presumida) em pacientes com risco de choque, no hospital de referência em trauma do Ceará. Foram gerenciados 283 pacientes, inseridos no Protocolo de Transfusão Maciça (PTM), no período de out/18 à jun/19. Com a atuação do Enfermeiro, obteve-se o acompanhamento de pacientes com quadro de hemorragia grave, através de critérios estabelecidos no Escore ABC do trauma. Permitiu melhor identificação do paciente de risco, ressuscitação no controle de danos, com restrição da hemorragia, padronização do uso de antifibrinolítico, maior cobertura do monitoramento laboratorial com redução do tempo resposta para os resultados dos exames, ampliação do uso da técnica de Recuperação Intraoperatória de Sangue, no trauma toracoabdominal, uso da Tromboelastometria, para monitoramento da coagulação sanguínea em pacientes de risco, além da diminuição do tempo de início da abordagem cirúrgica. Foi possível observar ainda, mudança no perfil transfusional da instituição. A atuação do Enfermeiro na gestão de protocolos em pacientes com risco de choque e necessidade de transfusão maciça, teve impacto positivo no uso de tecnologias que favorecem o cuidado do paciente crítico, contribuindo no manuseio da hemorragia grave visível ou presumida. Permitiu ainda o cumprimento de todas as etapas propostas para o atendimento e a continuidade da assistência, estabelecendo uma “Linha de Cuidado no Manejo do Sangramento Maior" com profissionais qualificados para o atendimento emergencial.