INTRODUÇÃO: Após a detecção do aumento de casos de defeitos congênitos possivelmente relacionados ao ZIKA Vírus, estudos clínicos e epidemiológicos se fazem necessários para que seja melhor compreendido o desenvolver desta morbidade. Visto que a Síndrome ZIKA Congênita continua sendo um problema de saúde pública afetando 27 países. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de crianças expostas ao ZIKA Vírus durante a gestação MÉTODOS: Estudo longitudinal prospectivo com crianças expostas ao ZIKA Vírus durante a gestação entre março de 2016 agosto de 2018, atendidas no Instituto Nacional de saúde da mulher da criança e do adolescente Fernandes Figueira, Rio de Janeiro-RJ RESULTADOS: Das 296 crianças recrutadas para o estudo, 92 apresentaram microcefalia, 8 outro tipo de malformação e 196 assintomáticas. Destas, 14 foram a óbito. A média da idade gestacional ao nascer foi de 38 ± 2,00 semanas, (28- 42 semanas). A média de peso ao nascer foi de 2985g ± 610g, variando de 515g a 4825g. A média do perímetro cefálico ao nascer das crianças com microcefalia foi de 29,1 cm ± 2,30. Já a média das crianças sem microcefalia foi de 34,5 cm ± 2,00. Ao decorrer do estudo 83 apresentaram alterações de fundo de olho, 61 com bexiga neurogênica e 14 apresentaram o exame de triagem auditiva alterado. CONCLUSÃO: Na presente coorte, lactentes com infecção congênita pelo ZIKA Vírus exibiram alta prevalência de comorbidades associadas. A correlação desses achados com as anormalidades típicas do SNC e as deficiências motoras observadas ainda precisam ser investigadas.