INTRODUÇÃO: No Brasil uma das principais causas de mortes são os acidentes de trânsito. No ano de 2013 o brasil ocupou o terceiro lugar entre os países com maior número de mortes no trânsito, acarretando em sequelas que afetam a qualidade de vida e aumento dos custos para o sistema de saúde. Em 2008 a lei seca alterou parte do código de trânsito brasileiro e instituiu taxa de alcoolemia zero para todos os condutores de veículo automotor estabelecendo penalidade na identificação de qualquer concentração de álcool por litro de sangue. OBJETIVO: Identificar de forma sistemática, a efetividade da lei seca na redução de acidentes de trânsito envolvendo pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas no Brasil. MÉTODO: Foram avaliados artigos publicados entre 2008 a 2019 nas bases de dados: Scielo, Medline e Lilacs. Procedeu-se a busca por meio do termo “Lei Seca”. O critério de inclusão foi a presença de uma das seguintes informações: “comparar os acidentes de trânsito antes e após a implantação da Lei Seca” ou “evidenciar o impacto da Lei Seca”.RESULTADOS: Obteve-se 27 artigos e duas dissertações, “acidente de trânsito” foi o descritor mais citado e predominância de publicações em revistas com enfoque epidemiológico. Em relação ao perfil dos acidentes de trânsitos, as vítimas foram frequentemente indivíduos do sexo masculino com idade entre 20 e 39 anos, com ocorrência de acidentes principalmente por motocicletas. Houveram divergências nos estudos no que se refere ao tempo de escolaridade dos condutores e dias da semana que mais ocorriam acidentes. CONCLUSÃO: Apesar de os estudos evidenciarem redução de acidentes após a implantação da lei seca, tais agravos ainda persistem resultando em taxas de mortalidades muito elevadas. neste sentido ressalta se a importância da fiscalização de qualidade para manutenção da lei implantada. Destaca se a necessidade de implementação de processos educativos voltados para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população.