Introdução: Estudo sobre as internações de crianças menores de 4 anos permite a visualização de como está se comportando os serviços de saúde voltados para atenção primária, uma vez que é possível identificar as morbidades sensíveis à atenção primária ICSAP. Em 2000, na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), foram traçados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015, no qual o Brasil se responsabilizou em diminuir dois terços da mortalidade de crianças menores de 5 anos. Em 2006, surge o Pacto pela Vida, desenvolvendo várias metodologias de redução da mortalidade infantil e materna e de promoção de saúde. O Amapá fica no leste amazônico, acima do rio Amazonas, contem uma população de 70.973 crianças ente 0-4 anos de idade, em 2010. O estado, em 2014, apresentou um valor de 23,7% caindo para 23,2% óbitos a cada mil nascidos vivos, em 2016, classificando o estado em primeiro lugar com o maior percentual de morte infantil nos últimos anos. Metodologia: O estudo de abordagem quantitativa, tipo descritiva através de levantamento documental. Buscando apresentar as principais causas das internações hospitalares gerais e das internações sensíveis à atenção primária identificáveis no SIH-SUS em crianças de 0 a 4 anos de idade, no estado do Amapá. Resultados e Discussão: As crianças de 0-4 anos correspondem as 14% das internações no estado do Amapá. As principais causas de internações, segundo os capítulos do CID-10, em crianças menores de 1 ano são as doenças do aparelho respiratório (40,42%) e as afecções no período perinatal (37,49%). Já nas crianças entre 1-4 anos, são as doenças do aparelho respiratório (52,74) e as doenças infecciosas parasitárias (24,11%). Dentre o total de internações, foram identificadas as 10 primeiras causas mais frequente sensíveis à atenção primária (20,25%), ainda identificando o Coqueluche e Sífilis Congênita (imunizáveis na atenção primária) e Malária (evitável na atenção primária). Conclusão: Este estudo permitiu conhecer o comportamento das internações gerais e por ICSAP no estado do Amapá, bem como compará-las no período estudado. Os resultados puderam nos direcionar na importância da qualidade das fontes de dados que auxiliam nos estudos no âmbito da saúde coletiva, além de permitir criar um cenário inicial de compreensão das causas do adoecimento das crianças menores de 4 anos e o que isso representa para os serviços de saúde.